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RS e SC têm estradas prejudicadas por causa de ciclone extratropical

Queda de barreiras, cheia de rios e alagamentos estão entre os maiores problemas — fenômeno é uma espécie de contraste térmico

A passagem do ciclone extratropical na Região Sul do país provocou problemas de locomoção, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O fenômeno tem causado chuvas e ventos fortes, que ocasionaram a interdição e bloqueio de algumas rodovias.

O policial rodoviário federal Douglas Paveck explica que as equipes da PRF estão de prontidão para auxiliar na desobstrução das rodovias federais. “Nós tivemos muitas árvores caídas sobre as rodovias, então ele causa aquele transtorno até as equipes conseguirem fazer a liberação, mas não causa um bloqueio que a gente possa dizer que vá ficar horas e horas bloqueado. As equipes todas estão nas estradas fazendo esse desbloqueio para garantir a fluidez do trânsito”, conta.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a BR-116, em Nova Petrópolis, entre o km 176 e o km 181, está com o tráfego totalmente interditado devido à queda de barreira. Os serviços para desobstruir a rodovia serão realizados conforme condições climáticas favoráveis.

Já as estradas estaduais têm mais pontos de bloqueio. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informa que a chuva ocasionou a cheia do Rio Taquari, o que provocou bloqueios em duas rodovias do Vale do Taquari. A ERS-129 tem interdição no quilômetro 50, entre Estrela e Colinas, mas os motoristas podem usar as rodovias municipais para fazer este trajeto. Ainda na ERS-129 estão interditados os quilômetros 13 e 14, entre Bom Retiro do Sul e Estrela.

Já a ERS-130 tem interrupção do trânsito entre os quilômetros 29 e 31, entre General Câmara e Mariante. O Departamento informa que não há rotas alternativas e que está monitorando a situação, até que a inundação nas pistas diminua, a passagem de veículos permanece impossibilitada.

A VRS-826 tem o trânsito totalmente bloqueado por precaução. As rachaduras do quilômetro 9,2 foram eliminadas na última semana, e após o tempo se estabilizar, se não existirem rachaduras no local, o trânsito será liberado. No trecho entre Farroupilha e Alto Feliz, na Serra Gaúcha, ocorreu a recuperação do pavimento, danificado após passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado em junho. Por enquanto, a estrada permanece sem pavimento.

Na ERS-030 a Ponte do Caraá está interditada, no quilômetro 1,7, entre Santo Antônio da Patrulha e Caraá, no litoral norte. No local foi construído um desvio emergencial ao lado da estrutura derrubada pelas chuvas, porém na quarta-feira (12) o Arroio Carvalho transbordou e a passagem está interditada.

A ERS-494 tem trânsito interditado na ponte do Morro Azul, no quilômetro 6,9, entre Três Cachoeiras e Morrinhos do Sul, no litoral norte. A cabeceira da estrutura cedeu após chuvas intensas em junho, havia um desvio emergencial, porém as chuvas da última semana romperam o desvio. É recomendado aos motoristas desviarem pela cidade de Praia Grande, em Santa Catarina.

Na ERS-474, por causa da alta do Arroio Pereira, o desvio provisório no quilômetro 3,5 continua bloqueado. Quem sai da BR-290 em direção a Santo Antônio da Patrulha deve usar o desvio pela rua Alzemiro Silva e pela avenida Afonso Porto Emerim até o centro do município. Quem está no sentido contrário deve desviar pela rua Capitão José Machado da Silva ou pela ERS-030, no centro de Santo Antônio da Patrulha até a Avenida Afonso Porto Emerim.

Santa Catarina

A Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina atualiza a situação das rodovias estaduais afetadas pelas chuvas no estado. No meio oeste, a SC-355, entre Treze Tílias e Água Doce, está interditada por tempo indeterminado nos dois sentidos. A pista cedeu nas proximidades do quilômetro 97.

Entre Luzerna e Ibicaré, a SC-453 está com trânsito em meia pista por causa de alagamento perto do quilômetro 60. No norte do estado, a SC-340 está totalmente interditada na divisa entre Porto União e Timbó Grande por causa de alagamento na pista.

Na serra catarinense, o trecho da SC-110 entre Urubici e São Joaquim deve ser evitado pelo motorista por causa da lama na pista e risco de queda de barreira. Na mesma rodovia, entre Bom Retiro e Urubici houve quedas de barreiras no acostamento entre os quilômetros 360 e 365.

A rodovia SC-112 entre Rio Rufino e Urupema tem trânsito em meia pista por causa de queda de barreira, o mesmo acontece na SC-114 por volta do km 250, entre Lages e Painel.

Ciclone e outros prejuízos

A previsão de alerta para a formação de um ciclone extratropical sobre o Sul do Brasil foi feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O meteorologista Mamedes Luiz Melo, do Instituto, explica como se forma esse tipo de fenômeno, que é comum no inverno. “É uma espécie de contraste térmico, que vai formando ali uma área de baixa pressão. Essa área de baixa pressão, com a circulação das condições reinantes naquele local, ele começa, e principalmente o vento, forçou com que esse centro de baixa pressão se deslocasse em direção ao Rio Grande do Sul. Estava ali na formação entre o sul do Paraguai e do nordeste da Argentina, e no decorrer deste centro de baixa pressão se deslocou em direção ao Rio Grande do Sul, dando a formação do ciclone extratropical” — elucidou.

Muitas cidades foram atingidas no Sul do país. A cidade de Sobradinho, no Rio Grande do Sul, foi uma delas. O comunicador da Rádio Sobradinho Vinicios Rech contextualiza alguns dos prejuízos causados à cidade pelo fenômeno. “O que a gente tem de prejuízo principalmente foi causado pelas pedras, pela queda de granizo, foram duas mil e quatro casas atingidas, oito mil pessoas atingidas de forma direta e indireta. Estragos assim de estradas, mais as estradas do interior mesmo, que são de chão e sofreram bastante com a enxurrada e com a chuva”, conta.

Em menos de um mês, este é o terceiro ciclone extratropical a atingir o Rio Grande do Sul. A Defesa Civil contabiliza até o momento 51 municípios gaúchos afetados.

Fonte: Brasil61

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Mundo

Chef brasileiro é escolhido 1º Embaixador Gastronômico da ONU Turismo

Título foi anunciado hoje durante encontro do G20 Turismo

O chef brasileiro Saulo Jennings é o 1º Embaixador Gastronômico da ONU Turismo no mundo. O anúncio foi feito hoje (20) pelo secretário-geral do organismo internacional Zurab Pololikashvili durante encontro do G20 Turismo, em Belém, no Pará.

A ONU Turismo inaugurou escritório regional no Rio de Janeiro em dezembro de 2023 para impulsionar o setor em todo o continente americano.

O chef de cozinha é um dos principais expoentes da culinária amazônica. Nascido em Santarém, ele representará o Brasil como referência de valorização da comida inspirada na cultura alimentar da região do Tapajós.

Saulo Jennings destacou que o título é resultado não apenas do trabalho dele, mas também do esforço coletivo de sua comunidade. “Esse prêmio é um reconhecimento de um trabalho de longo prazo, não só meu, mas de todos que cuidam da nossa comida e da produção dos nossos peixes, sempre respeitando a floresta. Também é uma vitória para a comida regional, que antes era vista como simples, mas agora mostra que pode ocupar um espaço de destaque na alta gastronomia”, ressaltou ao ser agraciado com o título.

Ele lembra que a gastronomia movimenta não só o turismo, mas diversos elos produtivos da economia, beneficiando cerca de 300 famílias. “São desde os pescadores até os cozinheiros que preparam os pratos, ciclo que gera emprego e renda para população local. E é assim que conseguimos promover desenvolvimento sustentável nessa importante região do país”, explicou.

Dados do Ministério do Turismo apontam que mais de 95% dos visitantes internacionais avaliam positivamente a culinária local, reforçando o papel da gastronomia como um dos principais atrativos turísticos e contribuindo para o fortalecimento da economia e do turismo nacional.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, comemorou o título que dará visibilidade internacional à gastronomia brasileira e, principalmente, da Região Norte. “O chef Saulo está revolucionando a Amazônia e, agora, vai levar toda essa potencialidade gastronômica para o mundo. Nossa culinária é riquíssima e com alto poder de atrair turistas”, enfatizou o ministro.

O chef Saulo participou do painel “Cozinha Global e Turismo Gastronômico” nesta sexta-feira (20) durante o G20 Turismo. Moderado pela jornalista Daniela Filomeno, o encontro fomentou discussões relevantes sobre o impacto desse segmento no cenário mundial.

Edição: Érica Santana

Fonte: EBC

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Mundo

Deputado Glauber Braga é detido durante desocupação da Uerj

Policiais usaram bombas de efeito moral e alunos revidaram com pedras

Após 56 dias de ocupação, os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram retirados do Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do Campus Maracanã. Eles descumpriram o prazo dado pela Justiça para que saíssem do edifício e, com autorização judicial, a Polícia Militar entrou no local para retirá-los.

Houve confronto, policiais usaram bombas de efeito moral, estudantes revidaram com pedras. Estudantes chegaram a ser detidos. O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) também foi detido,ao defender os estudantes.

Em nota, a reitoria da Uerj confirmou que, na tarde desta sexta-feira (20), foi concluída a desocupação do Pavilhão João Lyra Filho e assinada a reintegração de posse dos espaços da Uerj. Segundo a reitoria, a maior parte dos grupos da ocupação “evadiu-se antes que os agentes pudessem identificá-los. Outros, no entanto, foram detidos e levados para registro de ocorrência, visto que se encontravam em descumprimento de decisão judicial”.

A reitoria diz ainda que “lamenta profundamente que, apesar de todos os esforços de negociação – oito reuniões com entidades representativas dos estudantes e audiência de conciliação com a juíza do Tribunal de Justiça – a situação tenha chegado a esse ponto de intransigência por parte dos grupos extremistas da ocupação”.

Pelas redes sociais, os estudantes manifestaram indignação com a atitude da reitoria. “É absurdo, é autoritário, e só se viu ação assim durante a ditadura militar”, dizem em publicação e complementam em outra: “a reitoria da Uerj deu ordens para o choque retirar estudantes pobres de dentro da universidade”.

Em nota, o PSOL se manifestou sobre a prisão de Braga. “A prisão do deputado federal do PSOL Glauber Braga se deu de modo arbitrário e ilegal, quando nosso parlamentar tentava negociar uma solução pacífica para a reintegração de posse do Pavilhão João Lyra Filho”.

O partido informou ter acionado o departamento jurídico para avaliar as medidas cabíveis contra o estado do Rio de Janeiro.

Na ação, um policial se feriu enquanto manuseava os próprios equipamentos e acabou sendo levado para o hospital.

Reivindicações

Os estudantes protestam contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Eles pedem a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, que estabelece, entre outras medidas, que o auxílio alimentação passará a ser pago apenas a estudantes cujos cursos tenham sede em campi que ainda não disponha de restaurante universitário. O valor do auxílio alimentação será de R$ 300, pago em cotas mensais, de acordo com a disponibilidade orçamentária.

Além disso, ato da Uerj estabelece como limite para o recebimento de auxílios e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social ter renda familiar, por pessoa, bruta igual ou inferior a meio salário mínimo vigente no momento da concessão da bolsa. Atualmente, o valor é equivalente a até R$ 706. Para receber auxílios, a renda precisa ser comprovada por meio do Sistema de Avaliação Socioeconômica.

As novas regras, segundo a própria Uerj, excluem mais de 1 mil estudantes, que deixam de se enquadrar nas exigências para recebimento de bolsas.

A Uerj informa ainda que as bolsas de vulnerabilidade foram criadas no regime excepcional da pandemia e que o pagamento delas foi condicionado à existência de recursos. De acordo com a universidade, os auxílios continuam sendo oferecidos para 9,5 mil estudantes, em um universo de 28 mil alunos da Uerj, e que todos os que estão em situação de vulnerabilidade continuam atendidos.

Regras de transição

Ao longo da ocupação, houve confrontos entre estudantes e universidade. Tanto a reitoria quanto os estudantes alegaram falta de espaço para negociações. A Uerj não recuou no ato, mas estabeleceu uma transição até que as novas regras passem a vigorar.

Entre as medidas de transição estão o pagamento de R$ 500 aos estudantes que deixam de se enquadrar nas regras da Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social, o pagamento de R$ 300 de auxílio-transporte e tarifa zero no restaurante universitário ou auxílio-alimentação de R$ 300 nos campi sem restaurante. As medidas são voltadas para estudantes em vulnerabilidade social com renda per capita familiar acima de 0,5 até 1,5 salário mínimo e valem até dezembro.

Sem negociação, o caso acabou judicializado. No último dia 17, foi realizada uma audiência de conciliação, mas não houve acordo. A juíza determinou a desocupação da universidade, mas garantiu aos estudantes o direito à reivindicação. “Deve ser preservado o direito de reivindicação, devendo, contudo, os alunos, exercer tal direito nos halls existentes nos andares do prédio no período compreendido entre 22h e 6h da manhã, sem qualquer obstáculo ao regular funcionamento da universidade. Os demais espaços que os alunos pretendam ocupar devem ser submetidos à prévia aprovação da reitoria”, diz a decisão.

A juíza também agendou para o dia 2 de outubro uma nova audiência especial, com o objetivo de buscar um acordo sobre os valores das bolsas de estudo e dos demais auxílios.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC

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Polícia Federal prende 31 candidatos em 10 estados

Agentes cumpriram mandados de prisão em aberto

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