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Rio apresenta projeto de revitalização do Mercadinho São José

Consórcio vai administrar espaço com foco em cultura e gastronomia

O projeto de revitalização do Mercado São José das Artes, popularmente conhecido como Mercadinho São José, em Laranjeiras, na zona sul da cidade, foi apresentado nesta sexta-feira (22). Durante o evento, foi revelado o vencedor da concessão. O consórcio das empresas Junta Local e Engeprat, estruturado pela Konek Transformação Imobiliária, será o responsável pela gestão do espaço pelos próximos 25 anos.

O valor de outorga oferecido foi de R$ 5 mil por mês e mais 10% do faturamento com patrocínio, publicidade e eventos. O investimento privado previsto é de R$ 8,5 milhões para obras de readequação e requalificação do mercado.

Com o contrato assinado, o consórcio fará o licenciamento do projeto e, na sequência, as obras, que devem durar um ano. A previsão de reabertura do Mercadinho São José é no segundo semestre de 2024, quando completará 80 anos.

“Esse é um mercado muito tradicional de Laranjeiras e da zona sul carioca, uma área turística. O projeto ficou excepcional, lindo, tocado pelo setor privado. Teremos aqui, certamente, um novo ponto de encontro de cultura e gastronomia no Rio de Janeiro”, afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Em meados deste ano, a prefeitura comprou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o prédio e o terreno ao lado por R$ 3 milhões em negociação entre Paes e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) fez um chamamento público que durou 60 dias com três grupos participantes.

Após análise técnica das propostas, a comissão escolheu o vencedor com base no projeto com a melhor adequação e manutenção do local ao uso gastronômico e cultural, maior valor de investimento e melhor outorga oferecida. Após as obras, o pátio interno, agora climatizado, ganhará uma cobertura. O espaço também terá uma área de convívio aberta no terraço e três pavimentos no prédio anexo ao mercado, podendo receber eventos culturais, restaurantes e feiras.

“Queríamos manter o mercadinho como um centro cultural e gastronômico, devolvendo-o totalmente revitalizado. E no terreno ao lado teremos esse anexo para agregar mais espaço ao mercadinho. Então, ele vai renascer com suas características originais, mantendo os boxes, mas também ganhando restaurantes, áreas de exposição e eventos. Acreditamos que a entrada pelo anexo ao lado ficará mais amigável, e teremos atividades durante manhã, tarde e noite, trazendo movimento para o bairro e qualidade de vida para o morador de Laranjeiras e para os turistas”, disse o presidente da CCPar, Gustavo Guerrante.

Diretor da Junta Local, Thiago Nasser disse que o consórcio vencedor tem uma responsabilidade enorme porque o bairro de Laranjeiras tem uma memória afetiva do espaço que o projeto quer preservar.

“Aqui já foi um tipo de mercado que a cidade do Rio não tem mais, com produtores e onde as pessoas podiam ir no dia a dia para comprar verduras, frutas e legumes produzidas no estado do Rio. Vamos modernizar e atualizar o mercado, trazendo um pouco da proposta da Junta Local de valorizar a relação direta com o produtor, com comida boa, local e justa. Nossa proposta é a de que cada box tenha um produtor gastronômico, seja uma queijaria, uma peixaria ou uma loja de vinhos. Mas que também tenhamos espaços para produtores venderem legumes, produtos orgânicos. Queremos um espaço de uso híbrido, então de manhã pode ser uma coisa e durante a noite outra”, disse Nasser.

O Mercadinho São José

A história do Mercadinho São José teve início quando o então presidente Getúlio Vargas decidiu adaptar suas baias para criar um mercado e fornecer alimentos mais acessíveis à população durante a Segunda Guerra Mundial. O local, que funcionou como uma senzala e um celeiro de uma fazenda localizada no Parque Guinle na época do Império, foi inaugurado como mercado em 31 de maio de 1944.

Depois de décadas de abandono desde os anos 1960, o mercado passou por uma revitalização em 1988 e foi declarado patrimônio em 1994. Desde então, se transformou num polo cultural e gastronômico da zona sul. Com o tempo, a infraestrutura do mercado começou a se deteriorar e acabou fechado em 2018, quando o INSS, então proprietário do imóvel, conseguiu retomá-lo judicialmente.

“O Mercadinho São José é um patrimônio da cidade do Rio, não só pelo seu tombamento, mas culturalmente as pessoas do bairro e da região têm memórias de frequentar esse espaço. O objetivo da prefeitura é retomar essa sensação de pertencimento dos moradores. Teremos um mercadinho revitalizado, bem cuidado e com vida e movimento”, afirmou o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC

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Ação apreende duas toneladas de produtos falsos com marca Rock in Rio

Copos, camisas, chapéus e bonés seriam distribuídos a ambulantes

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) com o Ministério Público estadual resultou na apreensão de duas toneladas de materiais falsificados com a marca do festival de música Rock in Rio, que acontece na cidade. A apreensão ocorreu nesta quinta-feira (19), no centro do Rio.

Durante a ação, quatro suspeitos, responsáveis pelas lojas onde os produtos foram localizados, acabaram presos. Eles vão responder por comercialização de material contrafeito [falsificação ou réplica do produto original], ostentando ilegalmente a marca.

Entre os produtos apreendidos estão milhares de copos, camisas, chapéus e bonés, que seriam distribuídos para ambulantes revenderem na segunda semana do evento. O material foi localizado por meio de informações de inteligência, que dão continuidade às ações iniciadas na primeira semana do festival.

Pirataria

Na semana passada, duas ações resultaram na apreensão de grande quantidade de material falsificado. A delegacia especializada na repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial junto com o MP do Rio e a promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim), encontraram mais de 5,3 mil copos, 185 bonés falsos e milhares de porta-copos no primeiro dia do evento dia 13 deste mês. Dois homens foram presos em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No dia seguinte, em operações nas proximidades do Rock in Rio, as equipes localizaram um caminhão com milhares de copos e alças de porta-copos falsificadas com a marca do festival. Também foram apreendidos uma máquina de cartão de crédito e uma credencial falsa.

Até agora, as ações já resultaram na apreensão de mais de 15 mil itens e na prisão de 10 suspeitos.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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Mundo

Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19

Dados são do Boletim InfoGripe

O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19).

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.

Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.

A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.

No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. “Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC

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Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

Receita arrecadada de janeiro a agosto soma R$ 1,7 trilhão

O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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