Depois de sucessivos adiamentos e muito esforço para surgir como um programa de sucesso, o novo PAC nasceu, mas o futuro é duvidoso.
O programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que ganhou fama no segundo mandato do presidente Lula e na gestão de Dilma Rousseff está de volta — mais forte e caro do que antes, quando também foi alvo de muitas críticas. Os valores assustam até na hora de colocar no papel: um trilhão, seiscentos e oitenta bilhões de reais. A origem do montante é variada: parte deve vir da União, de empresas estatais e financiamentos. E outra parte tem origem em investimentos do setor privado. Esta, no modelo de Parcerias Público-Privadas, as PPPs.
“Para mim, parece muito mais jogada de marketing do que qualquer outra coisa” afirma José Márcio de Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.
“Essa é mais uma proposta do governo de aumentar gastos sem dizer de onde vêm os recursos. Desde o início deste governo tivemos vários anúncios como aumento de gastos, como: aumento do salário mínimo, aumento de salário de funcionário público, aumento do Bolsa Família, sem que nós tivéssemos qualquer expectativa de onde vêm as receitas necessárias para financiar esse aumento de gastos.” avalia o economista.
Oposição reage
Para o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), “o PAC número 1 parece que executou 9% do que foi prometido, o PAC número 2 executou 26%, esse PAC número 3, de trilhões, tá na cara que não vai conseguir entregar nem 20%. Então é mais uma propaganda enganosa do governo PT, que apresenta esses programas para enganar a população pobre. Mais um fisco, não vai ser executado. É só para inglês ver.”
Dentro do anúncio feito pelo presidente Lula no lançamento do Programa, estão previstos R$ 612 bilhões de investimentos com origem no setor privado. Mas o economista Márcio Camargo enxerga a origem desse dinheiro como contraditória, uma vez que “todos os atos deste atual governo não vão na direção de incentivar investimentos de empresas privadas.”
E critica: “Pelo contrário, a tentativa de reestatizar a Eletrobras é claramente contra os investimentos privados. A ideia de aumentar a carga tributária para conseguir financiar gastos também é contra os investimentos privados. Ou seja, é difícil saber como o governo vai conseguir fazer com que os investimentos privados cubram a parte desses gastos.”
Onde o dinheiro será investido?
O PAC deve investir R$ 1,68 trilhão em 9 eixos:
Transporte eficiente e sustentável – duplicação de rodovias, novas concessões rodoferroviárias, arrendamentos portuários, obras em aeroportos e derrocamento de hidrovias;
Infraestrutura social inclusiva – centros de artes e de cultura, obras de patrimônio histórico, espaços esportivos, centros comunitários;
Cidades sustentáveis – Minha Casa, Minha Vida, financiamento habitacional, urbanização de favelas, obras de mobilidade urbana, sistemas de esgoto;
Água para todos – abastecimento de água, adutoras e barragens, cisternas, recuperação de bacias hidrográficas;
Inclusão digital e conectividade – conexão em escolas e unidades de saúde, expansão do 4G e 5G, infovias, centros de serviços postais, TV digital;
Transição e segurança energética – projetos da Petrobras, investimentos em geração de energia, linhas de transmissão, Luz para Todos e combustíveis de baixo carbono;
Inovação para a indústria da defesa – pesquisa, desenvolvimento e aquisição de equipamentos para Exército, Marinha e Aeronáutica;
Educação, ciência e tecnologia – retomada de obras de creches e escolas, escolas em tempo integral, expansão de institutos federais, universidades e hospitais universitários;
Saúde – unidades básicas de saúde, centros odontológicos móveis, maternidades, policlínicas, laboratórios de saúde, telesaúde.
Investimentos no Distrito Federal
A previsão de recursos estimada para o Distrito Federal, até 2026, é de R$ 47,8 bilhões. Nesta segunda-feira (14) o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou o destino de R$ 2,2 bilhões em obras de mobilidade. Três delas já foram anunciadas e incluem construção de vias expressas para ônibus, duplicação de rodovia e expansão do metrô.
“São recursos fundamentais para que a gente possa continuar investindo no Distrito Federal, principalmente na questão da mobilidade, que afeta outras áreas, traz desenvolvimento para as cidades e conforto para as famílias.” comemora o governador.
O programa tem a coordenação da Casa Civil, liderada pelo Ministro Rui Costa, e é encarado pelo presidente Lula como prioridade do governo. No lançamento, na última sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, o chefe do executivo disse que ali estava começando, de verdade, seu terceiro governo.
Apesar de todos os 27 governadores terem sido convidados para a cerimônia de lançamento, 7 deles — da oposição — não compareceram. Entre eles, Ibaneis Rocha (MDB), governador do DF e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Apesar da ausência, o presidente Lula pretende desarmar as resistências de governadores da oposição e viajar para lançar os projetos “em cada estado, ao lado dos governadores e prefeitos”.
PACs anteriores
O que o presidente Lula mostra — com o lançamento dessa nova versão do PAC — é a expectativa de “viralizar” o programa, como aconteceu nas duas primeiras edições: em 2007 no segundo mandato do petista e em 2011 com a então presidente Dilma Rousseff.
No PAC 1, de 2007, foram anunciados investimentos de R$ 503,9 bilhões em obras e programas como transporte, saneamento, habitação e energia para tentar resolver os maiores problemas de infraestrutura do país.
De início, como a natureza no próprio nome indica, o programa fomentou a economia e fez crescer o emprego no Brasil, mas com tantos investimentos, acabou aumentando a dívida pública, subindo juros e causando recessão nos anos de 2015/2016. Além disso, diversas obras nunca foram concluídas e algumas delas foram alvo de denúncias de desvios de dinheiro público e superfaturamento.
Mas o economista e doutor em Ciências Políticas pela UNICAMP Felipe Queiroz vê com bons olhos o programa e o momento em que ele foi lançado. “Esse pacote chega em boa hora, sobretudo quando observamos a necessidade do país retomar o protagonismo internacional, para isso é necessário, sim, investimento em áreas estratégicas e infraestrutura.”
Mas avalia o que é preciso ser feito para evitar novos erros e superar os gargalos das gestões anteriores.
“Para isso é necessário que haja o aprimoramento dos mecanismos de controle e análise do acompanhamento pari passu do avançar das obras. Não é por que teve problemas no passado que devemos deixar de investir em infraestrutura e ecologia, uma vez que esses investimentos trazem ao país ganhos de escala e retornos exponenciais.”
São Paulo: homens comem mais fora e mulheres preferem pedir comida por aplicativo
Dados de pesquisa da Nexus também revelam que para a maioria dos paulistanos o prato feito, o famoso “PF”, é o prato que é a cara de São Paulo
Índice
Uma pesquisa que investigou os hábitos alimentares dos paulistas revelou que os homens comem mais fora de casa do que as mulheres. Elas, por outro lado, pedem comida por aplicativo com mais frequência do que os homens em São Paulo. O resultado compõe uma pesquisa inédita denominada “Sabores de São Paulo”, da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
O levantamento mostrou que 52% dos homens paulistas têm o hábito de almoçar ou jantar fora de casa, enquanto o percentual fica em 42% entre as mulheres. A média geral do estado é de 47%. No que diz respeito a optar pelo delivery, o serviço é mais utilizado por 55% das mulheres e por 48% dos homens.
O diretor de Pesquisa da Nexus, André Jácomo, aponta que o resultado evidencia aspectos sociais, econômicos e também culturais da sociedade, considerando a falta de afinidade dos homens no preparo do alimento, por isso optam por comer em restaurantes. Com relação às mulheres optarem por delivery, Jácomo diz que pode ser pelo acumulo de funções, e pedir por app facilita a rotina desse público.
“Os homens no Brasil, de modo geral, são menos treinados em relação ao preparo da comida, a fazer sua própria comida em casa do que as mulheres, que é uma questão cultural de fato. E o fato das mulheres, em São Paulo, estarem pedindo mais comida por aplicativo, tem a ver com esse conjunto de tarefas que as mulheres acumulam. Casa que acumulam nas suas rotinas em que pedir uma comida por aplicativo acaba sendo uma solução mais rápida para dar conta de uma série de tarefas das suas rotinas”, aponta André Jácomo.
No recorte geográfico do próprio estado de São Paulo, o levantamento também aponta que existem diferenças nos hábitos alimentares entre moradores da capital e do interior. Dessa forma, 54% daqueles que moram na capital costumam comer mais fora, enquanto o percentual fica em 42% entre os moradores do interior. Já na região metropolitana, são 49% os que fazem refeições fora de casa.
Ainda sobre delivery, a média geral de São Paulo é de 52% e chega a 75% entre os jovens de 16 a 24 anos. Assim como comer fora de casa, pedir comida por aplicativo também é um hábito comum para 72% de quem ganha mais de cinco salários mínimos e mais frequente entre moradores da região metropolitana (57%) e da capital paulista (55%), do que do interior (48%).
André avalia que a diferença entre os hábitos de quem mora na capital e no interior tem relação com a dinâmica do cotidiano dos trabalhadores da capital paulista.
“Tem muito a ver com a dinâmica da cidade, tem a ver com o fato de que muitas pessoas acabam tendo que comer fora de casa porque comem perto do trabalho, por conta dos deslocamentos, é uma questão que a pesquisa mostra aqui nos seus resultados”, diz.
A frequência de pedidos de comida em casa também foi analisada pelos pesquisadores da Nexus. Os dados revelam, portanto, que cerca de um terço dos paulistas come fora, sendo 35%, e 31% pede comida em casa de duas a três vezes na semana. Os outros 28% dos moradores de SP usam o delivery uma vez por semana e 20% comem na rua nessa mesma frequência. Além disso, apenas 11% dos paulistas comem fora todos os dias e só 2% pedem comida diariamente.
Qual é o prato que é a cara dos paulistas?
O levantamento investigou, ainda, a relação dos paulistas com as comidas típicas da região. Na hora de responder qual o principal prato que é a cara de São Paulo, 32% dos respondentes elegeram o prato feito, o famoso “PF”. A combinação, entretanto, não significa sempre o mesmo prato, mas uma refeição completa e fácil de encontrar tanto em um estabelecimento simples como em um sofisticado. Geralmente, o PF é composto por arroz, feijão, uma proteína, salada e um acompanhamento. Dessa forma, o prato feito foi escolhido na capital por 38%, no interior de São Paulo por 30% e na região metropolitana por 27% dos paulistas como o principal representante do estado.
O arroz birobiro ficou em segundo lugar, sendo a escolha de 11% dos respondentes. Em seguida, virado à paulista e feijoada empataram na terceira colocação, com 10% cada. Com relação à região, o virado à paulista é a 2ª opção mais popular entre os paulistanos, porém ficou em 3º lugar na região metropolitana e no interior. Já o vice-campeão no interior, o arroz birobiro ficou em 4º lugar nas outras regiões.
Fonte: NEXUS
Entre os outros pratos apontados pelos paulistas estão churrasco grego, que ficou em 4º lugar no interior e 5º na região metropolitana, com 7% dos votos, ocupa apenas a 10ª posição entre os moradores da capital. Já quem vive na cidade de São Paulo considera a pizza a 5ª maior representante do estado, escolha de 8% dos moradores. Na região metropolitana, 6%, e no interior, 5%, a pizza ocupa a 7ª posição.
A pesquisa
A Nexus entrevistou 2.027 cidadãos face-a-face, com idade a partir de 16 anos do estado de São Paulo. A pesquisa foi realizada entre os dias 09 e 12 de março de 2025.
TV 3.0: Ministério das Comunicações recebe primeiros protótipos de antena e de conversor
Aparelhos foram apresentados pela primeira vez no maior evento mundial do setor de radiodifusão
O secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, participou, na manhã do último domingo (6), em Las Vegas (EUA), da apresentação dos primeiros protótipos da antena e do conversor da TV 3.0. A demonstração foi conduzida pelo coordenador do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), Raymundo Barros, durante um painel na NAB Show — o maior evento de radiodifusão do mundo.
Ele também abordou uma das principais dúvidas a respeito do tema: o custo desses equipamentos para o telespectador. “Muito se fala em preços elevados, que vai encarecer demais a experiência de ver TV, mas é bom que, aqui, possamos desmistificar tudo isso”, complementou o secretário.
O presidente do Fórum SBTVD, Raymundo Barros, explicou que os custos serão acessíveis e não prejudicarão a experiência do telespectador. “Não pode ser caro no longo prazo — e não vai ser. Os primeiros produtos podem, sim, ter um custo um pouco mais alto no início, mas depois os preços caem rápido com a grande escala. A tendência é que os preços despenquem em um ano”, disse Raymundo.
O Fórum SBTVD é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para desenvolver a TV digital no Brasil. A entidade foi criada em 2006 por meio de decreto presidencial e reúne representantes de empresas e organizações ligadas à radiodifusão.
A exemplo do que ocorreu na migração do sinal de TV analógico para o digital, existe a necessidade inicial de um conversor para usufruir da TV 3.0. A expectativa é que, futuramente, novos televisores já venham de fábrica com suporte a essa nova tecnologia.
Wilson Wellisch afirmou que o governo estuda a possibilidade de entregar os equipamentos gratuitamente para famílias de baixa renda.
TV 3.0
A TV 3.0 é um novo padrão que promete revolucionar a TV aberta, integrando totalmente os canais à internet. Não haverá mais canais numéricos, mas apenas aplicativos nos aparelhos. A migração será gradativa, com início nas grandes capitais.
A navegação será mais interativa e inovadora, feita exclusivamente por aplicativos, substituindo o sistema tradicional por números. Isso permitirá que os canais ofereçam, além do conteúdo transmitido ao vivo, opções sob demanda — como séries, jogos ou programas diversos.
A qualidade da imagem irá, no mínimo, quadruplicar. O padrão atual, com TV digital em Full HD, passará para 4K ou até 8K. Haverá mais informações por espaço, o que aprimora cor, nitidez e contraste, com o uso de tecnologias como HDR (High Dynamic Range). Com som imersivo, o telespectador terá a sensação de estar dentro do ambiente exibido na tela.
9 em cada 10 brasileiros contam com acesso à telefonia móvel
Dado é da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Levantamento revela ainda que a maioria da população com acesso à telefonia móvel reside em capitais e regiões metropolitanas.
Nove em cada 10 brasileiros possuem acesso à telefonia móvel, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O número reforça os avanços do Ministério das Comunicações na ampliação do acesso e na melhoria dos serviços de telefonia em todo o país.
Entre esses avanços promovidos, está a expansão da internet banda larga de qualidade, que tem incluído digitalmente milhões de brasileiros.
O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Tercius, celebra o avanço conquistado pela Pasta e destaca o trabalho diário do Ministério para ampliar o acesso para mais regiões do país.
“É algo que a gente tem que comemorar, mas sabendo também que temos um grande desafio para frente. Esses 7% aí dos domicílios, das pessoas também, são um trabalho nosso do dia a dia. Nós trabalhamos todo dia para ampliar para todas as pessoas do país, para não deixar ninguém para trás. Então, ainda temos esse desafio do 7%. Agora, o principal desafio é evoluir nos outros indicadores da conectividade significativa, que é levar o letramento digital, que é garantir também a qualidade dessa conectividade em todas as regiões, também propiciar uma conectividade com dispositivos adequados para a população e também uma conectividade com segurança”, afirma.
Ainda de acordo com o levantamento, a maioria da população com acesso à telefonia móvel reside em capitais e regiões metropolitanas. Os dados indicam também que mais de 4,3 mil municípios brasileiros já possuem infraestrutura de fibra óptica — o que significa mais velocidade, estabilidade e eficiência energética para essas localidades.
Outro número importante para o setor é a chegada da tecnologia 5G a 1,3 mil municípios brasileiros. O avanço faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê a implantação do 5G nos 5,5 mil municípios do país. O Novo PAC também inclui a expansão da tecnologia 4G para 6,8 mil distritos, vilas e áreas rurais.
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