Promover a igualdade para o povo negro brasileiro em todas as suas esferas é compromisso do Ministério da Igualdade Racial, pasta recriada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os desafios do ministério está a ampliação e o aprimoramento das políticas de ações afirmativas no Brasil, para garantir o acesso e a permanência de pretos, pardos e indígenas no ensino superior.
Fruto da política de cotas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou sobre os desafios do novo ministério para garantir uma sociedade igualitária, em entrevista ao programa Brasil em Pauta que vai ao ar neste domingo (5), às 22h30, na TV Brasil.
Durante o bate-papo, Anielle destacou a importância das políticas afirmativas, como a Lei de Cotas, para a inclusão do negro no ensino superior e lembrou a sua experiência com o programa.
“A Lei de Cotas é uma das maiores reparações que temos no país. Eu sou fruto da Lei de Cotas dentro da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde eu muito me orgulho e tenho falado. Vou repetir muito isso e agradecer ao presidente Lula, porque não existe outra lei de reparação maior do que a Lei de Cotas hoje em dia no país”, afirmou.
“Falando de 2012, que foi o ano que eu entrei, ainda tinha ali muita gente que falava ‘ah, a Lei de Cotas não funciona’, ou até mesmo que falava ‘os cotistas quando entram não conseguem acompanhar’, então eu vim de uma trajetória de 12 anos nos Estados Unidos, estava com meu inglês fluente e foi ótimo, porque eu consegui comprovar dentro da universidade que aquilo não era real”, relembrou a ministra.
Em agosto de 2022, a lei que garante acesso às instituições federais de ensino superior para estudantes pretos, pardos e indígenas, além de pessoas com deficiência, e para aqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas completou dez anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a Lei de Cotas, o número de negros em universidades cresceu quase 400% neste período.
Como forma de fortalecer a lei e ampliar a presença de jovens negros e pobres nas universidades, o Ministério da Igualdade Racial já conta com a Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas e Combate e Superação do Racismo, comandada pela socióloga Márcia Lima. “A Lei de Cotas é algo que, para além da minha trajetória, é algo que a gente tem começado a falar. Teremos um grupo de trabalho para pensar essa lei, mas também com a permanência [dos estudantes na universidade]. A lei vai continuar vigente, mas abre aí um período de discutir politicamente a lei. Hoje a gente tem dados suficientes para comprovar o quão importante ela é”, destacou.
Ainda durante a entrevista, Anielle destacou outros desafios do novo ministério, como a importância de alimentar a população negra como prioridade e ponto de partida para as demais metas da pasta. “Hoje a gente tem 33 milhões de pessoas passando fome no país e 70% delas são negras e pobres. Todas as nossas pautas são transversais e a gente tem inúmeras prioridades, mas a primeira é, de fato, colocar comida na mesa dos brasileiros e brasileiras que estão passando fome”, afirmou.
Outros desafios apontados pela ministra foram a questão orçamentária, saúde, educação, além do enfrentamento ao genocídio da população negra, assunto que, segundo Anielle, vai contar com um grupo de trabalho em parceria com o Ministério da Justiça.
População negra refugiada
No mês de janeiro, uma parceria entre os ministérios da Justiça e da Igualdade Racial lançou o Observatório Moïse Kabagambe e o Programa de Atenção e Aceleração de Políticas de Refúgio para Pessoas Afrodescendentes.
A intenção do observatório é mapear a violência contra refugiados para monitorar e combater a prática de violência e de xenofobia. Já o programa, compreende a proposição de políticas públicas e a construção de parcerias com organizações da sociedade civil, além de organizações internacionais, estados e municípios com o objetivo de universalizar as boas práticas direcionadas à população negra refugiada.
“Eu me emocionei muito no lançamento do observatório, porque é isso: é sempre uma ferida que fica. E ele [Moïse Kabagambe], como outras pessoas que infelizmente também foram assassinadas nesse país, fica um legado de luta para quem permanece vivo”, destacou Anielle, que relembrou a morte do imigrante congolês, Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado no quiosque Tropicália, no Rio de Janeiro, no início do ano passado.
Confira a entrevista completa no programa Brasil em Pauta vai que ao ar neste domingo (5) às 22h30.
Pessimismo aumentou em 19 segmentos industriais; ICEI cai nas regiões Sul e Nordeste
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial indica que cinco setores da indústria migraram de um estado de confiança para falta dela, como o de veículos automotores e biocombustíveis, por exemplo
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Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 31 de março, revela que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial caiu em 19 de 29 setores entre fevereiro e março. O estudo aponta, ainda, que o indicador também recuou nas pequenas empresas e nas regiões Sul e Nordeste.
O ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. Em contrapartida, valores abaixo de 50 demonstram falta de confiança do empresário.
Entre os setores menos confiantes estão: vestuário e acessórios (44,2), madeira (45,5), produtos de minerais não-metálicos (45,8) e de produtos de metal (46,5).
O resultado demonstra que cinco setores da indústria migraram de um estado de confiança para um estado de falta de confiança. Confira quais foram estes segmentos:
Veículos automotores;
Impressão e reprodução;
Calçados e suas partes;
Couros e artefatos de couro;
Biocombustíveis.
Porém, outros três setores fizeram movimento contrário, da ausência de confiança para a confiança. Estes segmentos foram: equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos; Máquinas e materiais elétricos; e Obras de infraestrutura.
Conforme o levantamento, o número de setores industriais confiantes caiu de 10 em fevereiro para 8 em março. Já o total de setores com falta de confiança subiu de 18 para 21 no período.
Entre os setores mais confiantes estão: Farmoquímicos e farmacêuticos (59,3), Manutenção e reparação (52,1), Equip. de informática, eletrônicos e ópticos (51,8) e Máquinas e materiais elétricos (51,7).
Recuo do ICEI nas pequenas empresas
Considerando o fator por porte da empresa, o ICEI caiu 1 ponto entre as pequenas indústrias. Sendo assim, passou de 47,5 para 46,5. De acordo com o levantamento, esse movimento indica que o pessimismo dos empresários aumentou. Além disso, foi observado que há falta de confiança entre os empresários das médias empresas, considerando que o índice permaneceu em 48,7 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos.
Já entre as grandes indústrias, o indicador ficou praticamente estável, com registrando – 0,2 pontos. Agora, o indicador registra 50,3 pontos. Conforme o estudo, isso demonstra otimismo dos empresários.
No recorte por região geográfica, a confiança da indústria caiu 1,3 ponto no Sul e 1,2 no Nordeste. Já no Sudeste não mudou. Porém, aumentou 2,3 pontos nas empresas do Norte e 0,9 nas do Centro-Oeste.
De acordo com a publicação, os resultados do ICEI de março provocam alterações no quadro geral de confiança, que continua igual ao observado em fevereiro. Dessa maneira, os empresários do Sul e do Sudeste estão pessimistas, enquanto os do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste estão otimistas.
ICEI Setorial
Nesta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.764 empresas, sendo 699 de pequeno porte; 654 de médio porte; e 411 de grande porte. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 17 de março de 2025.
Greve dos entregadores de apps deve continuar nesta 3ª, entenda motivos da mobilização
De acordo com o Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimoto-SP), entre as reivindicações está a melhoria das taxas pagas aos profissionais da categoria
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A greve dos entregadores de aplicativos que começou na segunda-feira (31) deve continuar nesta terça-feira (1°). De acordo com o Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimoto-SP), entre as reivindicações, está a melhoria das taxas pagas aos profissionais da categoria.
A entidade alega que o valor de entrega não aumenta há 10 anos e que, nesse período, houve inclusive reduções, o que leva os colaboradores ao prejuízo na renda salarial.
“Só para ter uma ideia da injustiça praticada pelas empresas de aplicativo contra o trabalhador nesse tempo todo, os registrados em CLT tiveram aumento nos ganhos salariais de quase 99%, enquanto os entregadores de aplicativos amargaram redução de quase 72%”, diz o Sindimoto-SP, em nota.
Já a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) – que representa o iFood e outros aplicativos de delivery – se manifestou, afirmando que as companhias associadas “mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores” e “apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades.”
Em Fortaleza (CE), por exemplo, os entregadores se concentraram na manhã dessa segunda-feira (31) na Praça da Imprensa Chanceler Edson Queiroz, no bairro Dionísio Torres.
No Rio Grande do Sul, uma manifestação foi realizada em Canoas, na Avenida Getúlio Vargas. O grupo seguiu pela BR-116, até chegar na região central da cidade. Também houve mobilizações em cidades como Goiânia, Brasília, São Paulo, Santa Catarina, entre outras. As manifestações ocorreram em pelo menos 20 municípios.
Confira outras reivindicações
Definição de uma taxa mínima de R$ 10,00 por corrida
Aumento no valor do KM rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50
Limitação de 3 km para entregas feitas por bicicletas
Garantia de pagamento integral dos pedidos, mesmo em entregas agrupadas na mesma rota
Resposta do iFood
Em posicionamento enviado aos entregadores, o iFood afirma que está atento ao momento econômico do país e que analisa a viabilidade de um reajuste para este ano. Além disso, a empresa destaca que, nos últimos três anos, houve elevação do valor mínimo da rota de R$ 5,31 para R$ 6,50.
Dados do IBGE divulgados em 2024 revelam que 1,5 milhão de pessoas trabalhavam por meio de aplicativos e plataformas digitais, em 2022. Naquele ano, esse contingente correspondia a 1,7% da população ocupada no setor privado no Brasil, ou seja, 87,2 milhões de trabalhadores. A maioria – cerca de 81% – era do sexo masculino, com escolaridade em nível médio completo ou superior incompleto, correspondente a 61,3%.
Calendário de abril: confira os feriados e pontos facultativos do mês
Dois, dos quatro feriadões no Brasil este ano, serão em abril: a Sexta-Feira Santa e o Dia de Tiradentes
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O mês de abril traz duas datas próximas que podem garantir folgas prolongadas para alguns trabalhadores brasileiros. A Paixão de Cristo é o primeiro feriadão e ocorre no dia 18, em plena sexta-feira. O feriado será seguido por outro, o Dia de Tiradentes, em 21 de abril, uma segunda-feira. Com isso, as datas garantem a possibilidade de quatro dias consecutivos de folga.
Entre a Sexta-Feira Santa e Tiradentes, a Páscoa é celebrada, no domingo, 20 de abril – que não é considerado feriado. Dessa maneira, há oportunidade de um fim de semana estendido. Confira as datas dos feriados nacionais em abril de 2025:
18 de abril, sexta-feira: Sexta-Feira Santa (feriado nacional)
20 de abril, domingo: Páscoa (data comemorativa)
21 de abril, segunda-feira: Tiradentes (feriado nacional)
Para os moradores de Brasília, na segunda, 21 de abril, também é comemorado o aniversário da cidade. A comemoração contará com shows na Esplanada dos Ministérios entre 19 e 21 de abril.
Demais feriados nacionais em 2025
1º de maio: Dia Mundial do Trabalho (quinta-feira);
7 de setembro: Independência do Brasil (domingo);
12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida (domingo);
2 de novembro: Finados (domingo);
15 de novembro: Proclamação da República (sábado);
20 de novembro: Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (quinta-feira);
25 de dezembro: Natal (quinta-feira).
Pontos facultativos em 2025:
19 de junho: Corpus Christi (quinta-feira);
20 de junho: emenda Corpus Christi (sexta-feira);
28 de outubro: Dia do Servidor Público federal (terça-feira);
24 de dezembro: Véspera do Natal (quarta-feira);
31 de dezembro: Véspera do Ano Novo (quarta-feira).
Além dos feriados nacionais, os municípios e estados também possuem dias de folga específicos. Confira datas em algumas capitais:
Brasília
21 de abril: Aniversário da cidade (segunda-feira)
Salvador
2 de julho: Independência do estado da Bahia (quarta-feira)
Manaus
5 de setembro: Aniversário do estado do Amazonas (sexta-feira)
Porto Alegre
20 de setembro: Proclamação República Rio-Grandense (sábado)
Belo Horizonte
2 de dezembro – Aniversário do estado de Minas Gerais (terça-feira)
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