A análise de dados é fundamental para identificar oportunidades, reduzir riscos e definir as estratégias mais eficientes para exportação. Sabendo disso, a Itamaraty — empresa brasileira de biscoitos localizada em Rolândia (PR) — aproveita ao máximo os estudos de Inteligência Comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
A empresa foi criada em 1963 com foco na comercialização e exportação de café. Em 1991, o empreendimento passou a investir no segmento de biscoitos, tanto para marca própria quanto para private label, produzindo para outras marcas multinacionais. Por isso, desde o início das atividades, a Itamaraty precisou se preparar para entrar no mercado externo.
Nancy Gonzalez trabalha há sete anos como gerente de exportação da Itamaraty. Ela destaca a importância do estudo de mercado para as estratégias de exportação da empresa.
“Por exemplo, hoje no Japão eu não posso entrar. O Japão tem uma regulação sobre uma gordura que a gente não pode utilizar. Geralmente quem exporta para o Japão faz produção específica, o que é um pouco mais complicado, porque você tem que ter algumas linhas mais ociosas. Então, informações como essa determinam se eu vou poder avançar ou se não vale nem a pena começar com aquele país.”
Hoje, a Itamaraty exporta para mais de 30 países, entre eles Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Venezuela, Trinidad e Tobago, Suriname, Panamá, Nicarágua, Curaçao, Cuba, Estados Unidos, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Líbia e Iêmen.
Gasto com pesquisas
A gerente de exportação diz que poder contar com os estudos de Inteligência Comercial da ApexBrasil é fundamental para o posicionamento de empresas de médio porte no mercado externo.
“Para uma empresa de médio porte, ter informação de qualidade é muito caro. Se pegar as grandes marcas de pesquisa, são pesquisas muito caras. Então, toda essa parte de informação que hoje a gente utiliza para desenvolver novos mercados — e até para entender o mercado que a gente já está — é com o apoio da Apex.”
Nancy Gonzalez conta que recentemente, em uma apresentação da ApexBrasil, soube que para entrar no mercado do Peru, a empresa não podia colocar etiqueta nos produtos. “Então, foi um fator determinante para falar: ‘não vou participar, porque hoje eu não tenho como entrar naquele mercado’”.
A gerente de exportação também ressalta que os estudos da ApexBrasil permitem analisar a concorrência no comércio exterior. “[Conseguimos] entender se nós estamos competitivos para aquele mercado, qual é a penetração, ou se é um mercado que já importa muito forte de outro lugar”.
Estudos de Inteligência Comercial
Os estudos de Inteligência Comercial da ApexBrasil são feitos por uma equipe altamente qualificada, a partir de visitas técnicas aos mercados e bases de dados confiáveis, capaz de gerar informações sobre macroeconomia, setores econômicos, investimentos estrangeiros, comércio exterior e acesso a mercados.
A Itamaraty também faz parte do projeto setorial para exportação da ApexBrasil em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi). A iniciativa, intitulada Brazilian Biscuits, Pasta, Breads & Cakes (Abimapi International), oferece oportunidades de promoção comercial, inteligência de mercado e qualificação para pequenas, médias e grandes indústrias brasileiras do setor, com diferentes níveis de maturidade exportadora.
“São diversas ações como feiras, toda a parte de desenvolvimento, muita palestra para quem está começando a exportar, para entender quais são os desafios, para treinar mesmo o profissional para que ele administre bem a parte de exportação da empresa”, detalha Nancy Gonzalez, que também faz parte do comitê gestor da Abimapi.
Segundo Nancy, uma das principais vantagens do projeto setorial é o subsídio para a participação em feiras internacionais.
“Quando a gente vai a uma feira internacional, o meu estande está montado. A estrutura básica já tem. Eu vou para decorar o estande, mas não para montar o estande. E também tem um subsídio por parte do projeto setorial da ApexBrasil, para que não fique tão cara essa participação na feira internacional. Senão haveria só as grandes empresas nas feiras”, comenta.
Para mais informações sobre esse e outros projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
CFEM: R$ 67,8 milhões são partilhados entre municípios afetados por atividades minerárias
O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total acima de R$ 2.1 milhões
Índice
Os municípios brasileiros não produtores de minérios, mas que são afetados pela atividade minerária, partilham, neste mês, R$ 67.801.356,40. O montante é referente aos 15% do total arrecadado com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em março.
Os recursos serão destinados a 1.326 municípios afetados pela atividade de mineração por possuírem ferrovias, estruturas, minerodutos ou que contam com atividades portuárias.
A verba é distribuída pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total de R$ 2.196.358,51. Na sequência aparece São Luís (MA), que conta com R$ 2.159.143,96; e Governador Valadares (MG), que ganhou R$ 1.539.332,40.
Vale lembrar que o valor partilhado entre esse grupo de cidades poderá ser complementado após a ANM simular o cálculo das parcelas devidas aos municípios produtores que podem receber como afetados, além do recálculo dos índices de distribuição, conforme previsto no Anexo I da Resolução ANM nº 143/2023.
A agência também deve calcular os valores remanescentes que serão destinados aos municípios que fazem divisa com os produtores de minérios. O doutor em Geotécnica Rideci Farias explica como funciona o calendário de pagamentos da compensação.
“O pagamento é incidente a um determinado ciclo anual de distribuição da CFEM aos municípios afetados, em que se refere ao período de 12 meses — que compreende a arrecadação recolhida entre 1º de maio de um ano e 30 de abril do ano seguinte. E, por parte das empresas, o pagamento da compensação financeira é efetuado mensalmente até o último dia útil do mês subsequente ao fato gerador, devidamente corrigido”, destaca.
Confira a lista dos 10 municípios que recebem os maiores valores
AÇAILÂNDIA (MA) – R$ 2.196.358,51
SÃO LUÍS (MA) – R$ 2.159.143,96
GOVERNADOR VALADARES (MG) – R$ 1.539.332,40
MARABÁ (PA) – R$ 1.516.526,64
SÃO JOÃO DEL REI (MG) – R$ 1.421.258,64
ALTO ALEGRE DO PINDARÉ (MA) – R$ 1.362.617,75
MORRO DO PILAR (MG) – R$ 1.298.825,38
CAETITÉ (BA) – R$ 1.283.419,47
ITAGUAÍ (RJ) – R$ 1.214.474,90
LADÁRIO (MS) – R$ 1.082.982,57
Critérios de distribuição
Pelos termos da Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017, a distribuição da CFEM é feita de acordo com os seguintes percentuais e critérios:
7% para a entidade reguladora do setor de mineração;
1% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);
1,8% para o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem);
0,2% para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
15% para o Distrito Federal e os estados onde ocorrer a produção;
60% para o Distrito Federal e os municípios onde ocorrer a produção;
15% para os municípios não produtores de minérios, mas que são cortados pelas infraestruturas utilizadas para o transporte ferroviário ou dutoviário de substâncias minerais; ou são afetados pelas operações portuárias e de embarque e desembarque de substâncias minerais; ou ainda são onde estão localizadas pilhas de estéril, barragens de rejeitos e instalações de beneficiamento de substâncias minerais, bem como as demais instalações previstas no plano de aproveitamento econômico.
CFEM: ANM repassa R$ 406 milhões a estados e municípios produtores minerários
Do valor total, cerca de R$ 81 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já mais de R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios
Índice
A Agência Nacional de Mineração (ANM) distribuiu R$ 406 milhões (R$ 406.458.974,30) aos estados, Distrito Federal e municípios produtores minerais. Esse montante corresponde à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada durante o mês de março e distribuída em abril.
Do valor total, R$ 81,2 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios.
O advogado especialista em mineração Alexandre Sion explica que, como os reais impactos das atividades minerárias são sofridos pelas cidades onde a produção ocorre, é justo que essa parcela seja destinada a esses entes.
“Os recursos minerais pertencem à União para fins de aproveitamento mineral. Contudo, é a localidade quem sofre os principais impactos pelo desenvolvimento da atividade minerária. Tanto que 60% dos valores recolhidos a título de CFEM devem ser distribuídos aos municípios onde se localizam as jazidas minerais. Dessa forma, a distribuição desses valores é relevante para fins de equilíbrio na relação entre impactos e benefícios”, destaca.
CFEM: maiores valores
De acordo com dados da agência, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Minas Gerais (R$ 41.289.603,40), Pará (R$ 27.052.382,72), Bahia (R$ 2.595.603,56) e Goiás (R$ 2.329.217,44).
Entre os municípios produtores que mais receberam os recursos estão: Canaã dos Carajás (PA) com R$ 47.378.797,42; Parauapebas (PA), com R$ 31.594.892,67; e Conceição do Mato Dentro (MG), com R$ 24.954.887,22.
CFEM: confira aqui se seu município recebeu recursos
CFEM: o que é
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.
Seguindo tendência mundial, divisa americana volta a perder valor diante de volatilidade sobre decisões de tarifas
Nesta quinta-feira (17) o dólar é cotado a R$ 5,86, em queda de 0,43%. A baixa do dólar no Brasil segue tendência mundial de desvalorização, muito por conta da volatilidade das decisões acerca das tarifas de importação que vêm sendo tomadas naquele país.
O mundo segue apreensivo com os impactos que as decisões do presidente Trump podem causar na economia mundial. Isso tem feito com que investidores, pouco confiantes nos Estados Unidos, busquem outros países para fazer seus investimentos.
O cenário de hoje, que pode mudar a qualquer momento, é de 145% sobre os produtos chineses que entrarem na América. Em contrapartida, a China impôs 125% sobre os produtos norte-americanos. O que, para os especialistas, pode acelerar a inflação global e causar recessão econômica em vários países.
Os cookies necessários ajudam a tornar um site utilizável, permitindo funções básicas como navegação de páginas e acesso a áreas seguras do site. O site não pode funcionar corretamente sem esses cookies.
Os cookies de preferência permitem que um site lembre informações que muda a maneira como o site se comporta ou parece, como sua linguagem preferida ou a região que você está.
A estatística
Os cookies de estatística ajudam os proprietários de sites a entender como os visitantes interagem com os sites, coletando e relatando informações anonimamente.
O marketing
Cookies de marketing são usados para rastrear visitantes em sites. A intenção é exibir anúncios que sejam relevantes e envolventes para o usuário individual e, portanto, mais valiosos para editores e anunciantes terceirizados.
Não classificado
Cookies não classificados são cookies que estamos em processo de classificação, juntamente com os fornecedores de cookies individuais.