A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) apelou à comunidade global para que forneça apoio às políticas industriais verdes nos países em desenvolvimento dependentes de matérias-primas, com o objetivo de transformar e diversificar as suas economias rumo a uma transição energética de baixo carbono.
O organismo defende a adoção de políticas setoriais que remodelam a estrutura de produção econômica de um país, atraindo investimentos para aumentar a agregação de valor interno dos países e a integração nas cadeias de abastecimento regionais e globais, com o objetivo de reduzir a dependência de mercadorias, promover objetivos econômicos e sociais e gerar benefícios ambientais.
Segundo o Relatório de Produtos de Base e Desenvolvimento 2023, da UNCTAD, publicado em 9 de outubro, são necessárias ações em nível nacional e global para enfrentar os triplos desafios de desenvolvimento interligados da dependência de produtos de base, da desigualdade e das alterações climáticas. “O caminho para uma diversificação que seja inclusiva e mais sustentável está ao nosso alcance, mas exige um forte compromisso político dos países em desenvolvimento dependentes de matérias-primas e dos seus parceiros de desenvolvimento”, afirmou a Secretária-Geral da UNCTAD, Rebeca Grynspan. “Este relatório descreve uma abordagem holística que pode impulsionar o desenvolvimento sustentável, salvaguardar as populações vulneráveis e contribuir para os objetivos climáticos globais”.
A UNCTAD pede esforços redobrados no sentido da diversificação econômica em países onde 60% ou mais das receitas de exportação de mercadorias provêm de produtos primários, incluindo petróleo bruto, cobre e trigo.
Com esta confiança vem à vulnerabilidade, afirma o relatório, citando os choques econômicos e políticos nos mercados globais de matérias-primas na sequência da pandemia da COVID-19 e da guerra na Ucrânia.
Algumas estimativas sugerem que, para limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais, uma proporção significativa dos recursos naturais terá de permanecer não utilizada. Isso representaria um terço do petróleo mundial, metade do gás natural e mais de 80% das reservas de carvão. A dependência dos produtos básicos é mais prevalente no mundo em desenvolvimento, conclui o relatório.
Entre 2019 e 2021, 76% das nações menos desenvolvidas, 81% dos países sem litoral e 61% dos pequenos estados insulares dependiam de produtos de base, em comparação com 13% das economias desenvolvidas. A dependência de muitos países em desenvolvimento dependentes de produtos de base da exportação de uma gama restrita de produtos de base, ou mesmo de um único produto de base, reforça a sua vulnerabilidade. De 2019 a 2021, o cobre, o ouro e o petróleo bruto representaram 69%, 77% e 91% do total das receitas de exportação de mercadorias da Zâmbia, Suriname e Iraque, respectivamente.
A dependência dos produtos de base está altamente correlacionada com níveis mais baixos de desenvolvimento humano e social, crescimento lento da produtividade, volatilidade dos rendimentos, instabilidade macroeconómica e política, bem como volatilidade da taxa de câmbio.
Em 2021, os países em desenvolvimento dependentes de matérias-primas representavam 29 dos 32 países classificados como tendo baixo desenvolvimento humano, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD.
A UNCTAD solicita à comunidade global a apoiar a diversificação econômica e a valorização dos países dependentes de matérias-primas, para ajudar a fortalecê-los contra os choques e a volatilidade que emanam dos mercados globais fora do controlo de um país. Os países em desenvolvimento dependentes de matérias-primas devem subir nas cadeias de valor globais, especialmente aquelas que envolvem minerais críticos para a transição energética, como o cobalto, o lítio e o cobre. As políticas industriais verdes, apoiadas por parceiros internacionais, serão fundamentais à medida que os países reconfiguram as estruturas económicas rumo a um futuro mais eficiente em termos energéticos e com baixo teor de carbono.
O relatório descreve estratégias para desenvolver capacidades produtivas e tecnológicas, criar oportunidades de emprego de alta qualidade, promover a coesão social, uma transição justa e a igualdade de género — ajudando os países em desenvolvimento dependentes de produtos de base a adotarem um caminho de diversificação mais verde, obtendo mais valor dos seus produtos de base e sendo mais integrados nas cadeias de abastecimento regionais e globais.
Embora a diversificação traga benefícios econômicos ao criar novos setores na economia, os diferentes níveis de produtividade destes sectores também correm o risco de aprofundar a desigualdade dentro dos países. Para que a diversificação e a transição energética tenham efeitos positivos na redução da desigualdade de rendimentos, os países precisam implementar medidas sociais que apoiem os grupos vulneráveis como parte de uma estratégia de diversificação inclusiva. O relatório sublinha também a necessidade de planos nacionais abrangentes para melhorar o acesso à energia e oportunidades para o desenvolvimento do capital humano, tais como educação, cuidados de saúde e programas de desenvolvimento de competências.
A UNCTAD afirma que os países em desenvolvimento dependentes de matérias-primas necessitam de uma liderança forte e de vontade política para impulsionar uma estratégia de todo o governo que abranja uma vasta gama de áreas políticas para alcançar a diversificação inclusiva e a transição energética.
Estas incluem políticas sobre comércio, industrialização, promoção de exportações e investimentos, desenvolvimento de infraestruturas, educação, saúde, finanças e energia. Os países precisam reforçar o capital humano através de programas de reciclagem e melhoria de competências para novas oportunidades de emprego, bem como criar empregos dignos e de qualidade numa estrutura econômica mais diversificada.
Para a UNCTAD, a comunidade global precisa desempenhar um papel mais ativo no fornecimento do apoio necessário para que as políticas industriais verdes nos países em desenvolvimento dependentes de produtos de base tenham sucesso. Tais países precisam de acesso a serviços e tecnologias financeiras de investimento acessíveis e suficientes para implementar políticas produtivas ativas e mitigar os riscos relacionados com o clima associados às alterações climáticas, no sentido de tornar as suas estruturas económicas mais diversificadas, resilientes e preparadas para um futuro de baixo carbono.
Francisco deverá ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O conclave para eleger seu sucessor deverá ocorrer entre 15 e 20 dias após o início da Sede Vacante
No domingo de Páscoa, o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.
A saúde do Papa vinha se deteriorando nos últimos anos, com episódios de bronquite e infecções respiratórias.
Francisco deverá ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O conclave para eleger seu sucessor deverá ocorrer entre 15 e 20 dias após o início da Sede Vacante.
As igrejas no Brasil já celebram missas em homenagem ao pontífice. O Santuário Nacional de Aparecida, localizado no município de Aparecida do Norte (SP), vai realizar seis missas nesta segunda.
O governo brasileiro decretou luto oficial de 7 dias pela morte de Francisco.
Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 1936, foi o primeiro papa latino-americano e jesuíta da história. Eleito em 2013, adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, simbolizando seu compromisso com a simplicidade e os pobres.
Durante seu pontificado, promoveu reformas na Cúria Romana e defendeu causas sociais, como a proteção ambiental e a inclusão de grupos marginalizados.
Milagre na Amazônia
Em outubro de 2024, durante missa na Praça de São Pedro, Francisco proclamou a canonização do padre italiano José Allamano, fundador da congregação dos Missionários da Consolata, por um milagre que teria ocorrido na Amazônia brasileira.
Segundo a organização Consolata América, o milagre ocorreu em 1996, em Roraima, quando um indígena yanomami foi atacado por uma onça e apresentou um grave ferimento na cabeça. Um grupo de missionários teria invocado José Allamano pedindo a recuperação do rapaz, o que se realizou.
Com informações do Vaticano News, CNBB e Agência Brasil
São Paulo: homens comem mais fora e mulheres preferem pedir comida por aplicativo
Dados de pesquisa da Nexus também revelam que para a maioria dos paulistanos o prato feito, o famoso “PF”, é o prato que é a cara de São Paulo
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Uma pesquisa que investigou os hábitos alimentares dos paulistas revelou que os homens comem mais fora de casa do que as mulheres. Elas, por outro lado, pedem comida por aplicativo com mais frequência do que os homens em São Paulo. O resultado compõe uma pesquisa inédita denominada “Sabores de São Paulo”, da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
O levantamento mostrou que 52% dos homens paulistas têm o hábito de almoçar ou jantar fora de casa, enquanto o percentual fica em 42% entre as mulheres. A média geral do estado é de 47%. No que diz respeito a optar pelo delivery, o serviço é mais utilizado por 55% das mulheres e por 48% dos homens.
O diretor de Pesquisa da Nexus, André Jácomo, aponta que o resultado evidencia aspectos sociais, econômicos e também culturais da sociedade, considerando a falta de afinidade dos homens no preparo do alimento, por isso optam por comer em restaurantes. Com relação às mulheres optarem por delivery, Jácomo diz que pode ser pelo acumulo de funções, e pedir por app facilita a rotina desse público.
“Os homens no Brasil, de modo geral, são menos treinados em relação ao preparo da comida, a fazer sua própria comida em casa do que as mulheres, que é uma questão cultural de fato. E o fato das mulheres, em São Paulo, estarem pedindo mais comida por aplicativo, tem a ver com esse conjunto de tarefas que as mulheres acumulam. Casa que acumulam nas suas rotinas em que pedir uma comida por aplicativo acaba sendo uma solução mais rápida para dar conta de uma série de tarefas das suas rotinas”, aponta André Jácomo.
No recorte geográfico do próprio estado de São Paulo, o levantamento também aponta que existem diferenças nos hábitos alimentares entre moradores da capital e do interior. Dessa forma, 54% daqueles que moram na capital costumam comer mais fora, enquanto o percentual fica em 42% entre os moradores do interior. Já na região metropolitana, são 49% os que fazem refeições fora de casa.
Ainda sobre delivery, a média geral de São Paulo é de 52% e chega a 75% entre os jovens de 16 a 24 anos. Assim como comer fora de casa, pedir comida por aplicativo também é um hábito comum para 72% de quem ganha mais de cinco salários mínimos e mais frequente entre moradores da região metropolitana (57%) e da capital paulista (55%), do que do interior (48%).
André avalia que a diferença entre os hábitos de quem mora na capital e no interior tem relação com a dinâmica do cotidiano dos trabalhadores da capital paulista.
“Tem muito a ver com a dinâmica da cidade, tem a ver com o fato de que muitas pessoas acabam tendo que comer fora de casa porque comem perto do trabalho, por conta dos deslocamentos, é uma questão que a pesquisa mostra aqui nos seus resultados”, diz.
A frequência de pedidos de comida em casa também foi analisada pelos pesquisadores da Nexus. Os dados revelam, portanto, que cerca de um terço dos paulistas come fora, sendo 35%, e 31% pede comida em casa de duas a três vezes na semana. Os outros 28% dos moradores de SP usam o delivery uma vez por semana e 20% comem na rua nessa mesma frequência. Além disso, apenas 11% dos paulistas comem fora todos os dias e só 2% pedem comida diariamente.
Qual é o prato que é a cara dos paulistas?
O levantamento investigou, ainda, a relação dos paulistas com as comidas típicas da região. Na hora de responder qual o principal prato que é a cara de São Paulo, 32% dos respondentes elegeram o prato feito, o famoso “PF”. A combinação, entretanto, não significa sempre o mesmo prato, mas uma refeição completa e fácil de encontrar tanto em um estabelecimento simples como em um sofisticado. Geralmente, o PF é composto por arroz, feijão, uma proteína, salada e um acompanhamento. Dessa forma, o prato feito foi escolhido na capital por 38%, no interior de São Paulo por 30% e na região metropolitana por 27% dos paulistas como o principal representante do estado.
O arroz birobiro ficou em segundo lugar, sendo a escolha de 11% dos respondentes. Em seguida, virado à paulista e feijoada empataram na terceira colocação, com 10% cada. Com relação à região, o virado à paulista é a 2ª opção mais popular entre os paulistanos, porém ficou em 3º lugar na região metropolitana e no interior. Já o vice-campeão no interior, o arroz birobiro ficou em 4º lugar nas outras regiões.
Fonte: NEXUS
Entre os outros pratos apontados pelos paulistas estão churrasco grego, que ficou em 4º lugar no interior e 5º na região metropolitana, com 7% dos votos, ocupa apenas a 10ª posição entre os moradores da capital. Já quem vive na cidade de São Paulo considera a pizza a 5ª maior representante do estado, escolha de 8% dos moradores. Na região metropolitana, 6%, e no interior, 5%, a pizza ocupa a 7ª posição.
A pesquisa
A Nexus entrevistou 2.027 cidadãos face-a-face, com idade a partir de 16 anos do estado de São Paulo. A pesquisa foi realizada entre os dias 09 e 12 de março de 2025.
TV 3.0: Ministério das Comunicações recebe primeiros protótipos de antena e de conversor
Aparelhos foram apresentados pela primeira vez no maior evento mundial do setor de radiodifusão
O secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, participou, na manhã do último domingo (6), em Las Vegas (EUA), da apresentação dos primeiros protótipos da antena e do conversor da TV 3.0. A demonstração foi conduzida pelo coordenador do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), Raymundo Barros, durante um painel na NAB Show — o maior evento de radiodifusão do mundo.
Ele também abordou uma das principais dúvidas a respeito do tema: o custo desses equipamentos para o telespectador. “Muito se fala em preços elevados, que vai encarecer demais a experiência de ver TV, mas é bom que, aqui, possamos desmistificar tudo isso”, complementou o secretário.
O presidente do Fórum SBTVD, Raymundo Barros, explicou que os custos serão acessíveis e não prejudicarão a experiência do telespectador. “Não pode ser caro no longo prazo — e não vai ser. Os primeiros produtos podem, sim, ter um custo um pouco mais alto no início, mas depois os preços caem rápido com a grande escala. A tendência é que os preços despenquem em um ano”, disse Raymundo.
O Fórum SBTVD é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para desenvolver a TV digital no Brasil. A entidade foi criada em 2006 por meio de decreto presidencial e reúne representantes de empresas e organizações ligadas à radiodifusão.
A exemplo do que ocorreu na migração do sinal de TV analógico para o digital, existe a necessidade inicial de um conversor para usufruir da TV 3.0. A expectativa é que, futuramente, novos televisores já venham de fábrica com suporte a essa nova tecnologia.
Wilson Wellisch afirmou que o governo estuda a possibilidade de entregar os equipamentos gratuitamente para famílias de baixa renda.
TV 3.0
A TV 3.0 é um novo padrão que promete revolucionar a TV aberta, integrando totalmente os canais à internet. Não haverá mais canais numéricos, mas apenas aplicativos nos aparelhos. A migração será gradativa, com início nas grandes capitais.
A navegação será mais interativa e inovadora, feita exclusivamente por aplicativos, substituindo o sistema tradicional por números. Isso permitirá que os canais ofereçam, além do conteúdo transmitido ao vivo, opções sob demanda — como séries, jogos ou programas diversos.
A qualidade da imagem irá, no mínimo, quadruplicar. O padrão atual, com TV digital em Full HD, passará para 4K ou até 8K. Haverá mais informações por espaço, o que aprimora cor, nitidez e contraste, com o uso de tecnologias como HDR (High Dynamic Range). Com som imersivo, o telespectador terá a sensação de estar dentro do ambiente exibido na tela.
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