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Câncer de Esôfago: quais os sintomas e o tratamento?

Neste episódio o Cirurgião Dr. Guilherme Namur dá mais informações sobre a doença

Você conhece alguém que já teve câncer de esôfago? Sabe como reconhecer esse problema e como prevenir a doença?

O esôfago é um órgão tubular que conecta a garganta com o estômago, e sua função é justamente transportar a comida até o estômago. O câncer de esôfago é um dos tumores mais comuns no Brasil, principalmente entre os homens, ele é um tumor silencioso que raramente apresenta sintomas nas fases iniciais da doença.

Os sintomas mais comuns são

  • Dificuldade de engolir. O tumor causa uma obstrução na passagem dos alimentos. Geralmente a dificuldade começa com alimentos sólidos como carnes e pães, podendo progredir até para líquidos;
  • Dor para engolir. Alimentos parados no esôfago por conta da obstrução pode causar uma dor forte a região do peito;
  • Perda de peso. Como o paciente possui a dificuldade para ingerir alimentos, a perda de peso ocorre de forma rápida;
  • Vômitos e refluxo;
  • Azia;
  • Rouquidão. Tumores no esôfago torácico podem crescer e invadir os nervos que controlam as pregas vocais, causando a alteração da voz

A grande maioria dos tumores do esôfago são de dois tipos histológicos, os carcinomas (que se originam de células da pele) de células escamosas, conhecido como CEC, e os adenocarcinomas (câncer) de esôfago. Apesar de dividirem muitos dos sintomas, os fatores de risco para cada um desses tipos de tumor são bastante distintos.

O que acontece em cada caso?

O primeiro é o carcinoma de células escamosas (o CEC), que se trata de um tumor com origem no revestimento habitual do esôfago, que é igual ao da cavidade oral, laringe e traqueia.

Os principais fatores de risco nesse caso são:

  • Tabagismo. Quanto maior a quantidade de cigarros, maior o risco.
  • Alcoolismo. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também é um fator de risco independente e tem seu efeito potencializado pelo tabagismo.
  • Megaesôfago. É uma doença que causa um distúrbio motor do esôfago promovendo a estase dos alimentos, o que causa inflamação crônica na mucosa e predispõem ao CEC.
  • Infecção por HPV. A cada dia mais estudos mostram que o mesmo vírus responsável pelo câncer de colo de útero tem papel importante na carcinogênese do câncer de esôfago.

Já o segundo tipo é chamado de Adenocarcinoma, que é o tumor de esôfago cuja incidência tem aumentado muito nas últimas décadas. Ele tem origem em glândulas secretoras de muco, especialmente na porção mais próxima ao estômago.

Os fatores de risco mais importantes nesse caso são:

  • Doença do refluxo gastroesofágico. Refluxo intenso pode causar inflamação crônica do esôfago, o que aumenta os riscos de câncer;
  • Esôfago de Barrett. Essa é uma condição pré-maligna que aumenta muito o risco de câncer. Essa alteração da mucosa é causada por refluxo muito intenso;
  • Obesidade. Esse é um dos tumores cujo risco mais aumenta por causa da obesidade, muito provavelmente porque pessoas obesas costumam ter refluxo mais grave.

Diagnóstico

Para o diagnóstico do câncer de esôfago é fundamental realizar uma endoscopia digestiva alta com biópsia do tumor. A endoscopia deve ser solicitada sempre que houver suspeita clínica, sobretudo quando associada aos fatores de risco já citados.

Uma vez feito o diagnóstico é fundamental realizar exames adicionais, como tomografias e PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons (partícula radioativa), e CT vem de tomografia computadorizada), para se determinar qual o estágio da doença, porque disso depende todo o tratamento.

E que tratamentos são esses?

Nas fases iniciais é possível fazer a cirurgia de retirada de parte ou de todo o esôfago, a esofagectomia. O esôfago é retirado e no lugar seu confecciona-se um tubo com o próprio estômago do paciente, que é levado até o pescoço e permite o trânsito normal dos alimentos. Essa é uma cirurgia muito complexa, mas que oferece ao paciente uma melhor chance de cura.

Nas fases mais avançadas o tratamento inclui:

Quimioterapia, radioterapia e a implantação de dispositivos que garantem a alimentação dos pacientes como sondas ou próteses que permitem a passagem dos alimentos através da obstrução causada pelo tumor.

Como todo tipo de tumor, se o diagnóstico e o tratamento forem feitos nas fases iniciais do tumor as chances de cura são bem maiores e na fase avançada a chance de cura diminui bastante, por isso a importância do diagnóstico precoce.

Existe algum tipo de prevenção?

Sim! Um estilo de vida saudável é a melhor forma de prevenção do câncer de esôfago, sobretudo com o controle do excesso de peso, consumo moderado de álcool e sempre procurar ajuda médica se apresentar os sintomas. Por isso, se você fizer parte dos grupos de risco ou os sintomas apresentados, não deixe de procurar o médico.

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.

Fonte: Brasil61

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Ação apreende duas toneladas de produtos falsos com marca Rock in Rio

Copos, camisas, chapéus e bonés seriam distribuídos a ambulantes

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) com o Ministério Público estadual resultou na apreensão de duas toneladas de materiais falsificados com a marca do festival de música Rock in Rio, que acontece na cidade. A apreensão ocorreu nesta quinta-feira (19), no centro do Rio.

Durante a ação, quatro suspeitos, responsáveis pelas lojas onde os produtos foram localizados, acabaram presos. Eles vão responder por comercialização de material contrafeito [falsificação ou réplica do produto original], ostentando ilegalmente a marca.

Entre os produtos apreendidos estão milhares de copos, camisas, chapéus e bonés, que seriam distribuídos para ambulantes revenderem na segunda semana do evento. O material foi localizado por meio de informações de inteligência, que dão continuidade às ações iniciadas na primeira semana do festival.

Pirataria

Na semana passada, duas ações resultaram na apreensão de grande quantidade de material falsificado. A delegacia especializada na repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial junto com o MP do Rio e a promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim), encontraram mais de 5,3 mil copos, 185 bonés falsos e milhares de porta-copos no primeiro dia do evento dia 13 deste mês. Dois homens foram presos em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No dia seguinte, em operações nas proximidades do Rock in Rio, as equipes localizaram um caminhão com milhares de copos e alças de porta-copos falsificadas com a marca do festival. Também foram apreendidos uma máquina de cartão de crédito e uma credencial falsa.

Até agora, as ações já resultaram na apreensão de mais de 15 mil itens e na prisão de 10 suspeitos.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19

Dados são do Boletim InfoGripe

O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19).

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.

Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.

A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.

No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. “Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC

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Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

Receita arrecadada de janeiro a agosto soma R$ 1,7 trilhão

O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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