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Política

Água: 1 litro de óleo pode poluir até 25 mil litros de água; saiba como descartar corretamente

No país, há diversos pontos que recebem produto

Água: 1 litro de óleo pode poluir até 25 mil litros de água; saiba como descartar corretamente

O Dia Mundial da Água é comemorado em 22 de março e acende um alerta sobre a proteção e o uso consciente dos recursos hídricos no país. O óleo, presente no cotidiano alimentar de milhões de brasileiros, quando descartado incorretamente pode causar prejuízos ambientais. Segundo estimativas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), apenas um litro de óleo de cozinha é capaz de contaminar 25 mil litros de água. 

Conforme publicação da Sabesp, a contaminação por óleo na água ocorre porque as substâncias do produto não se dissolvem na água. Com isso, quando despejadas nos cursos d’água, causam descontrole do oxigênio, morte de peixes e de outras espécies. Inclusive, dados do Instituto Trata Brasil apontam que a falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas no país.

O documento aponta, ainda, que a contaminação pelo resíduo aumenta o custo e gasto energético, o que também agrava o efeito estufa. Já que, ao descartar o óleo de cozinha na pia, vaso sanitário ou ralo, ele fica acumulado nas paredes dos canos e retém outros materiais que passam pelo local. Dados da Sabesp apontam que 100 milhões de litros de óleo são jogados no ralo regularmente todo mês no Brasil.

André Lavor, CEO da Binatural, empresa especialista em biodiesel, alerta quanto aos malefícios do descarte incorreto do óleo de cozinha na rede de água e destaca a importância dos brasileiros descartarem o resíduo corretamente.

“Além de prejudicar a vida aquática, o óleo pode infiltrar no solo e atingir lençóis freáticos, contaminando a água potável e dificultando seu tratamento. É por isso que o descarte correto do óleo é fundamental para preservar nossos recursos hídricos”, diz Lavor.

O especialista ressalta que descartar o óleo sem os devidos cuidados impacta o meio ambiente e a vida da população de diversas formas, como na qualidade da água potável, e resultar, ainda, em gastos com manutenção do encanamento.

“O descarte inadequado do óleo de cozinha tem consequências muito sérias. Quando jogado na pia, ele pode entupir os encanamentos, causando transtornos e até custos extras para os moradores. No meio ambiente, ele contamina rios, lagos e oceanos, prejudicando animais e plantas aquáticas. Além disso, ao se infiltrar no solo, pode comprometer a qualidade da água subterrânea, tornando-a imprópria para o consumo. Esses impactos afetam diretamente a saúde pública e a qualidade de vida da população”, afirma Lavor.

Dados de 2019 da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) apontam que menos de 10% do óleo de cozinha usado em território nacional seja reciclado.

A forma mais adequada de rejeitar o resíduo é levá-lo a algum ponto de coleta, onde será feita a destinação correta e reciclagem do produto – seja como biodiesel ou sabão, por exemplo.

Confira o passo a passo para descarte correto do óleo:

  • 1° PASSO: deixe o óleo esfriar após o uso;
  • 2° PASSO: armazene o resíduo numa garrafa pet;
  • 3° PASSO: feche bem a garrafa;
  • 4° PASSO: quando o recipiente estiver cheio, leve ao ponto de entrega voluntária.

Pontos de coleta de óleo de cozinha 

No Brasil, há milhares de pontos de coleta do resíduo. Apenas o programa Óleo Sustentável, da Abiove, possui 4.029 pontos cadastrados em 22 estados e no Distrito Federal.

Já o projeto Óleo do Bem, uma parceria entre o TEM +, o Instituto Triângulo e a Cerol Óleo Vegetal, possui unidades coletoras em São Paulo, como Paraguaçu Paulista (SP), Assis (SP) e Botucatu (SP). Já foram 168.542 litros de óleo recolhidos e 4,21 bilhões de litros de água preservados, segundo informações do site oficial do projeto. 

O Programa Ação Renove o Meio Ambiente foi criado pela marca Liza e possui mais de 6,5 mil pontos de coleta distribuídos entre parceiros e pontos abertos ao público em 21 estados e no DF. Segundo o site oficial da iniciativa, já foram mais de 11 milhões de litros de óleo de cozinha usado coletados e 275 bilhões de litros de água poupados.

No Rio Grande do Sul (RS), as prefeituras de Alvorada (RS), Dom Pedrito (RS) e de Uruguaiana (RS), por exemplo, disponibilizam ecopontos para coleta de óleo de cozinha usado.

 

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Política

Vassoura-de-bruxa da mandioca: praga ocorre em seis municípios do AP

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) institui Programa Nacional de Prevenção e Controle para estabelecer critérios para prevenir e controlar a praga

Vassoura-de-bruxa da mandioca: praga ocorre em seis municípios do AP

Atualmente, seis municípios da Região Norte do estado do Amapá enfrentam a praga vassoura-de-bruxa da mandioca. No último dia 20, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (PVBM), para estabelecer critérios para prevenir e controlar a praga, bem como para fortalecer a cadeia produtiva da mandioca.

Em janeiro, o Mapa declarou estado de emergência fitossanitária relacionado ao risco de disseminação para outras áreas produtivas. Portanto, pelo PVBM, fica proibido o trânsito de plantas e partes de plantas de espécies hospedeiras da praga oriundas de municípios com ocorrência pelo fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae) – que causa a doença, que está na lista oficial de pragas quarentenárias presentes para o Brasil.

Conforme o documento, as ações e procedimentos para a prevenção e o controle da praga previstas no documento devem ser realizadas junto aos órgãos estaduais ou distrital de Defesa Sanitária Vegetal para cumprimento do PVBM.

Ainda segundo a norma, fica proibido o trânsito de plantas e partes de plantas de espécies hospedeiras da praga oriundas de municípios com ocorrência da doença.

A norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira (20), na forma da Portaria nº 1.257.

“Vassoura-de-bruxa”

O Mapa ressaltou, em nota, que a “vassoura-de-bruxa” da mandioca não tem relação com a vassoura de bruxa do cacaueiro. Além disso, o fungo não representa nenhum risco à saúde humana, apesar de ser altamente destrutivo para as lavouras de mandioca. 

Os sintomas da doença são: ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A partir da evolução da doença, pode ocorrer clorose, murcha e seca das folhas, morte apical e morte descendente das plantas. 
 

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Outono: como será o tempo nas 5 regiões brasileiras

No Hemisfério Sul, a estação começou no dia 20 de março e vai até o dia 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília)

Outono: como será o tempo nas 5 regiões brasileiras

No Hemisfério Sul, o outono começou no dia 20 de março e vai até o dia 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília). A estação é considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, em especial, no Brasil Central. Neste período, as chuvas são mais escassas no interior do país, em particular no semiárido nordestino. Para o norte das Regiões Norte e Nordeste ainda são registrados volumes importantes de chuva. O prognóstico é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dois institutos apontaram, na Nota Técnica conjunta INMET / INPE, que durante esta estação são observadas as primeiras formações de fenômenos adversos, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul; e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até mesmo no sul de Goiás.

Como será o tempo nas 5 regiões

Norte 

O prognóstico climático para os meses de abril a junho/2025 indica condições favoráveis para o predomínio de chuvas acima da média histórica no centro-norte da Região Norte. Já a porção sul da região possui condições favoráveis para chuvas próximas ou abaixo da média durante o trimestre. O documento diz que a temperatura média do ar é prevista para prevalecer acima da média histórica (climatologia) em quase toda a região, com valores podendo atingir 1ºC a 2ºC acima da média, no sudeste do Pará e oeste do Tocantins.

Nordeste

Para a Região Nordeste, o documento indica condições desfavoráveis para as chuvas, com predomínio de condições de chuvas abaixo da média histórica no centro-sul da região. A previsão é de chuvas mais regulares na porção norte da região. Com relação à temperatura do ar, a previsão é que seja acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses. Porém, temperaturas mais amenas poderão ser registradas no interior, em função de dias consecutivos de chuva.

Centro-Oeste

O outono na  Região Centro-Oeste possui tendência de chuvas abaixo da média histórica em grande parte do território. Mas é comum a redução de chuvas a partir de abril, que representa um mês de transição entre o período chuvoso e o período seco na parte central do país. Quanto às temperaturas, pode haver predomínio de números acima da climatologia.

Região Sudeste 

Para a região, chuvas abaixo da média histórica em todo o Sudeste. Segundo o Inmet e o Inpe, não se descartam eventos de chuvas intensas na porção leste da região. Para a temperatura, as previsões indicam números acima da média histórica. Porém, há a possibilidade de incursões de massas de ar frio nos próximos meses. O documento aponta que o movimento pode provocar queda nas temperaturas, especialmente em localidades de maior altitude.

Região Sul 

São indicadas condições desfavoráveis para as chuvas na Região Sul neste outono, com predomínio de chuvas abaixo da média histórica, em especial, nos estados do Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Já no centro-sul do Rio Grande do Sul, a expectativa é de condições de chuvas variando entre próximas a acima da média. Com relação às temperaturas, é indicado predomínio de valores acima da média histórica em grande parte da região. 
 

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InfoGripe: 12 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta

Aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi apontado nas regiões Norte e Centro-Oeste, sendo impulsionado em grande parte pelo crescimento de casos entre crianças de até dois anos

InfoGripe: 12 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta

O mais atual Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que 12 das 27 unidades federativas do país apresentaram incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível de alerta, risco ou alto risco, nas últimas duas semanas. Pelo boletim, o aumento de SRAG foi apontado nas regiões Norte e Centro-Oeste, sendo impulsionado em grande parte pelo crescimento de casos entre crianças de até dois anos

A alta de SRAG foi apontada principalmente em estados das regiões Norte, como Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já no Centro-Oeste, as UFs são Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sergipe também registrou alta. Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa Computação Científica da Fiocruz e do Boletim Info Gripe, o aumento possivelmente está associado ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Conforme a FioCruz, para quem mora nas regiões Norte ou Centro-Oeste, a orientação é que utilize máscara em locais fechados e em postos de saúde. A orientação é de que as crianças evitem ir à escola caso apresentem sinais e sintomas de gripe ou resfriado. Além disso, é fundamental estar com a vacinação contra a covid-19 atualizada, principalmente as pessoas dos grupos mais vulneráveis.

Fonte: Infogripe/Fiocruz

O InfoGripe mostra, ainda, tendência de crescimento de SRAG no longo prazo, até a Semana Epidemiológica (SE) 11, que abrange o período de 9 a 15 de março.

Além disso, os estados do Amazonas, Goiás e Tocantins também apresentam incidência em nível de alerta, risco ou alto risco, entretanto, com tendência de estabilidade ou oscilação. 

Em relação aos casos de SRAG entre os idosos, os pesquisadores apontam uma retomada do crescimento, com incidência em nível moderado em Roraima e Mato Grosso. Já em Tocantins, há indícios de desaceleração no crescimento da Síndrome entre essa parcela da população.

Situação nacional

O cenário atual no país, segundo o InfoGripe, sugere que os casos notificados de SRAG apresentam aumento na tendência de longo prazo e estabilização da tendência de curto prazo. Em 2025, já foram notificados 21.498 casos de SRAG, sendo 7.799, equivalente a 36,3%, com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.

Entre os casos positivos, 5,8% de influenza A, 2,1% de influenza B, 19,6% de vírus sincicial respiratório, 27,8% de rinovírus, e 39,8% de Sars-CoV-2 (covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 4,8% de influenza A, 1,1% de influenza B, 30,5% de vírus sincicial respiratório, 36,5% de rinovírus e 26,5% de Sars-CoV-2 (covid-19).
 

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