O setor agropecuário fechou o mês de novembro de 2024 com um saldo negativo de 29.996 postos de trabalho. De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o resultado veio após 179.525 contratações e 209.521 demissões.
De acordo com o estudo, esse saldo negativo superou o registrado em novembro de 2023, quando a diferença entre admissões e demissões indicou uma perda de 28.549 postos de trabalho.
Para a entidade, o desempenho foi puxado, sobretudo, pela queda nas atividades agrícolas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que registraram maior número de desligamentos. O presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira Jr., dá mais detalhes sobre esses fatores.
“A desaceleração em atividades agrícolas tradicionais, como cultivo de soja, de cana de açúcar, no Sudeste e Centro-Oeste, que são grandes empregadoras, foi uma das principais razões para essa queda. Essas atividades são frequentemente sujeitas a fatores climáticas adversos, oscilação nos preços internacionais de commodities, e custo elevado de produção. Outro ponto é o uso da tecnologia”, destaca.
Entre os 4.642 entes locais com movimentação no mercado de trabalho agropecuário, 1.854 apresentaram crescimento e 2.426 contaram com diminuição no número de vagas.
Ainda segundo Oliveira Jr., essas perdas afetam, principalmente, municípios menores, com pouca diversidade de atividades econômicas, dada a relevância do setor. “Além disso, você tem os resultados que refletem desafios estruturais que podem comprometer a competitividade do agro, no longo prazo”, pontua.
Cenário por região
Quase todas as regiões do país tiveram perdas na quantidade de postos de trabalho. A exceção é o Sul do Brasil, que teve um saldo positivo de 4,8 mil vagas. O resultado na área gaúcha foi puxado pelo cultivo de maçã e cebola, fabricação de conservas de frutas e produção de sementes.
Por outro lado, o Sudeste contou com a maior queda, com um saldo negativo de 17,7 mil vagas. O Centro-Oeste aparece na sequência, com um recuo de 11,3 mil postos, enquanto Nordeste e Norte surgem em seguida, com perdas de 4,7 mil e 872 vagas, respectivamente.
Na região Sudeste, os desligamentos foram reflexos, por exemplo, do desempenho das cadeias do açúcar, agricultura e preparação de terrenos. Já no Centro-Oeste, o impacto foi puxado pela soja, cana-de-açúcar e fabricação de álcool. No Nordeste, por sua vez, a queda teve interferência do cultivo de uva, manga e da fabricação de açúcar e álcool.
Desempenho estadual
Entre os estados, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina se destacam com os resultados positivos. As duas unidades da federação tiveram respectivos saldos de 2,8 mil e 2 mil vagas.
Em contrapartida, São Paulo registrou a maior perda de vagas no mês analisado, com um recuo de 13,4 mil. Outra queda expressiva foi notada no Mato Grosso, com baixa de 5,5 mil postos. O estado de Goiás teve saldo negativo de 5,2 mil vagas, enquanto Minas Gerais, de 3,8 mil.
Setores que contribuíram para aumento de contratações
Apesar de o saldo geral ter sido negativo, alguns setores da economia apresentaram desempenho positivo em novembro do ano passado. Confira quais:
Cultivo de maçã: aumento de 2 mil vagas em 33 municípios
Fabricação de conservas de frutas: aumento de 1,3 mil vagas em 321 municípios
Produção de sementes certificadas: aumento de 1,1 mil vagas em 145 municípios
No acumulado de 2024, o setor de frigoríficos liderou a geração de empregos, com saldo positivo de 2,6 mil vagas. A fabricação de açúcar em bruto também teve um bom desempenho no decorrer do último ano, com um salto positivo de 11,4 mil vagas.
Preço do boi gordo volta a subir, após duas sequências de queda
O preço da carcaça suína especial, por sua vez, apresentou recuo de 3,83% e o quilo custa R$ 12,29 na Grande São Paulo
Após subir 0,29%, a arroba do boi gordo passou a custar R$ 310,10, em São Paulo, nesta quarta-feira (19). O resultado veio após dois dias de queda no indicador.
Para o frango congelado, o último fechamento foi de estabilidade no preço, com o produto ainda vendido a R$ 8,47, em atacados da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado. O frango resfriado também teve manutenção no valor, e o quilo ainda custa R$ 8,55.
O preço da carcaça suína especial, por sua vez, apresentou recuo de 3,83% e o quilo custa R$ 12,29 na Grande São Paulo, enquanto o suíno vivo é negociado a R$ 8,35 em Minas Gerais e R$ 8,17 no Rio Grande do Sul.
Café robusta registra queda no preço, negociado a R$ 2.509, nesta quarta-feira (19)
Para o açúcar cristal, em São Paulo, houve redução de 1,16% no preço e o produto é vendido a R$ 138,25
A saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 2.509,06, na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (19). O valor foi definido após queda de 0,44%. Para o café robusta, houve alta de 0,82% no preço e a mercadoria é negociada a R$ 2.015,14.
Para o açúcar cristal, em São Paulo, houve redução de 1,16% no preço e o produto é vendido a R$ 138,25. Na cidade de Santos, o preço médio, sem impostos, da saca de 50 quilos, teve queda de 0,11%, com a mercadoria negociada a R$ 150,57.
Já a saca de 60 quilos do milho apresentou salto de 0,08% no preço e é negociada a R$ 90,33, para a região de referência de Campinas (SP).
Soja e trigo sofrem elevação nos preços, nesta quarta-feira (19)
Em relação ao trigo, no Paraná, houve salto de 0,18% no último fechamento, com a tonelada do produto vendida a R$ 1.521,27
Após alta de 0,34% no preço, a saca de 60 quilos de soja passou a ser negociada a R$ 127,91, nesta quarta-feira (19), em diferentes regiões do interior do Paraná.
No litoral do estado, o movimento no preço do produto também foi de elevação. Em Paranaguá, o valor da saca de 60 quilos subiu 0,50% e a mercadoria é negociada a R$ 133,72.
Em relação ao trigo, no Paraná, houve salto de 0,18% no último fechamento, com a tonelada do produto vendida a R$ 1.521,27.
No Rio Grande do Sul, por sua vez, o preço subiu 0,05% e a mercadoria é negociada a R$ 1.405,23, por tonelada.
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