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Ministra da Cultura empossa novo Conselho Superior do Cinema

A cerimônia foi realizada no palácio Itamaraty, em Brasília

27 de outubro, Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, foi a data escolhida pelo Ministério da Cultura para a posse dos novos representantes do Conselho Superior de Cinema para cumprir mandato de dois anos. A cerimônia foi realizada no palácio Itamaraty, em Brasília.
Integram o Conselho Superior de Cinema 12 representantes, e seus suplentes, de órgãos da administração pública federal, e 12, da indústria cinematográfica nacional e da sociedade civil, com atuação de destaque no segmento do audiovisual.

Por meio de um vídeo, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, deu as boas vindas ao grupo. Na mensagem, o presidente destacou que o colegiado, pela primeira vez na história, terá uma composição democrática e com paridade de gênero.

“Meus amigos e minhas amigas. Quero dar as boas-vindas aos integrantes do novo Conselho Superior de Cinema. Pela primeira vez na história, o colegiado terá uma composição democrática e com paridade de gênero. São homens e mulheres de todas as regiões do Brasil e com história de luta em defesa do cinema brasileiro. O conselho é de extrema importância para definir a política nacional de cinema, traçar os objetivos e metas do audiovisual do Brasil para os próximos dez anos”.

A ministra Margareth Menezes, que preside o colegiado, desejou que o conselho possa retomar e expandir as políticas públicas do audiovisual.

“Eu desejo que esse conselho tenha ânimo para trabalhar em favor da política responsável com a produção audiovisual, a difusão e a preservação do audiovisual brasileiro. Atentos ao fortalecimento do mercado interno e a projeção de nossa produção no mercado internacional. Guiados pelo espírito da eficiência, dinamismo, diálogo, da força criativa pulsante presente nos genes dos nossos cidadãos. Eu, Margareth Menezes, na posição de ministra de estado da Cultura do governo do presidente Lula, presidenta desse conselho, dou posse aos conselheiros e conselheiras e suplentes do Conselho Superior de Cinema. Desejo que possamos retomar e expandir as políticas públicas do audiovisual e reforço a missão do nosso Ministério da Cultura”.

Como disse o presidente Lula, o novo conselho traz a novidade histórica da paridade de gênero. Ou seja, dele faz parte a mesma quantidade de homens e mulheres. instância também teve garantida a sua pluralidade, inclusive regional. informações destacadas também no discurso da ministra.

“Esse conselho tem pela primeira vez a paridade de gênero, reafirmando nosso compromisso em possibilitar inclusão e diversidade nos lugares de poder e tomada de decisão, onde as políticas públicas são pensadas, formuladas e têm seus direitos estabelecidos. Quando falamos sobre o audiovisual. Estamos falando de todas as pessoas, de todos os territórios, comunidades, condições sociais. Isso significa pensar sobre cinema, sobre a indústria audiovisual, sobre a televisão, a internet, sobre as tecnologias digitais e sobre o nosso modo de viver, criar e recriar o mundo. Nosso multicolorido, nosso multicoloridos modos de ser e de existir. O audiovisual é um lugar que nos permite reinvenções infinitas das infinitas brasilidades. É feito por nós e para nós. garantir acesso não se restringe apenas ao caráter do espectador, mas olhar de modo mais amplo para toda a cadeia produtiva. significa nos atermos também para quem produz de onde, quais os recursos, motivações, técnicas e afetos. é necessário alavancar a indústria cinematográfica e a indústria audiovisual do Brasil”.

A posse dos conselheiros ocorreu em clima de retomada e de esperança. Nos últimos anos, o conselho foi desmobilizado e suas reuniões, extintas.

Algumas das atribuições dos conselheiros, de agora em diante, são aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional.

Eles também devem estimular a presença de conteúdo nacional nos diversos segmentos de mercado. Além de acompanhar a execução das políticas públicas do audiovisual e estabelecer a distribuição da contribuição para o desenvolvimento da indústria cinematográfica.

O secretário de Promoção Comercial, Ciência e Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Valdemar Gonçalves de Aguiar Neto, conselheiro representante da administração pública, disse que a instância desempenha um papel de extrema relevância no desenvolvimento e fortalecimento da indústria cinematográfica do país.

“Em primeiro lugar, as boas vindas ao Palácio Itamaraty. A todos os presentes nessa manhã tão importante que é a reativação do Conselho Superior de Cinema. Esse conselho ministra, desempenha um papel de extrema relevância no desenvolvimento e fortalecimento da indústria cinematográfica do país. É uma honra para o Itamaraty contar com assento neste colegiado. A participação do Ministério das Relações Exteriores no conselho é de extrema relevância para nós, pois permite maior integração entre a política externa e a promoção do cinema brasileiro no cenário internacional, buscando ampliar a visibilidade e o reconhecimento dos filmes nacionais no cenário global”.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, o audiovisual é central para um projeto de desenvolvimento da nação.

“O audiovisual é central para um projeto de desenvolvimento da nação. Não é à toa que o presidente Lula tem falado sobre cinema, sobre filmes cotidianamente, quando ele tem abordado sobre cultura, porque todos nós sabemos a importância que esse setor tem. E nos últimos anos o Brasil ficou para trás nesse debate e no debate que já foi vanguarda. Nós deixamos que as regulamentações se fossem nós, não nós não, porque ninguém aqui nessa sala aqui deixou, mas aqueles que de tudo tiveram cuidando do governo federal, deixaram que a cota de tela do cinema, a cota de tela da tv paga, a regulamentação do vod não fosse feita, o desenvolvimento das discussões internacionais de direitos autorais não fossem tomados com o protagonismo que o Brasil sempre teve e agora volta a ter. Nós vamos construir com a ajuda desse conselho, eu tenho certeza, o melhor ambiente para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro, para que essa obra, que é esse setor, se transforme numa indústria com a sua diversidade, que vai das pequenas iniciativas às grandes iniciativas. Que não seja só uma máquina de gerar renda, emprego, mas que seja também uma máquina de gerar identidade, de gerar, transformação social e, sobretudo, de encantamento estético das pessoas”.

Em sua fala, a representante da sociedade civil no Conselho Superior de Cinema, Rosana Alcântara, também destacou a paridade de gênero e a participação de representantes de todas as regiões do país.

“Gostaria de saudar é um dia de felicidade. A composição desse novo conselho, que conta com paridade de gênero e representantes de todas as regiões do país. É uma composição, sim, que valoriza o papel das mulheres na construção cotidiana do setor e seus mais diferentes papéis e funções, como diretoras, produtoras, roteiristas, dentre tantas outras importantes e relevantes funções, como diretoras, produtoras, roteiristas, dentre tantas outras importantes e relevantes funções. E contar com essa representação nesse órgão máximo de onde nasce o arcabouço das políticas públicas para o audiovisual é fundamental nas reflexões e nas tomadas de decisões para o melhor desenho regulatório para o pleno desenvolvimento do setor”.

Também representando a sociedade civil como conselheira, Eva Pereira, deu o testemunho de, como mulher amazônica, é importante para ela testemunhar o momento de retomada da política para o audiovisual brasileiro.

“Eu sou filha do Brasil de todas as telas e eu nasci junto com muitas outras e muitos outros que não tinham surgido ainda na nossa cadeia produtiva por falta de oportunidade. como mulher amazônica, como realizadora, como sonhadora, ariana, teimosa e briguenta. briguenta só de vez em quando gente mas às vezes necessário na cultura do nosso país. eu quero dizer do quanto é importante para mim testemunhar esse momento, que é o momento de retomada da política para o audiovisual brasileiro e da estrutura desse governo para nossa cultura, na sua pluralidade”.

O diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Alex Braga, falou que a partir da posse, se reabre um espaço de discussão que coroa e celebra a vocação para a política pública, para o encontro com a sociedade brasileira.

“Hoje, nesse dia festivo, passamos a ser nós, a Ancine, o setor audiovisual, o Ministério da Cultura, a secretaria do audiovisual e o Conselho Superior de Cinema. Se reabre hoje um espaço de discussão, o espaço que coroa e celebra essa vocação na política pública para o encontro com a sociedade brasileira. O estado onde um espaço onde governo, sociedade civil, administração, setor se encontram para, a partir do dissenso, encontrar o melhor consenso possível”.

Para a secretária do audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga

“O conselho é um espaço privilegiado para o debate estratégico, para a macro formulação de nossas políticas nacionais. Talvez aqui, nessa nova constituição, o nosso caldo seja a diversidade de visões e vozes que poderão se encontrar em um lócus de coexistência, de construção coletiva, espelhando essa matriz Brasil que nos une. Nesse momento de reconstrução de um país, após seis anos de intensas ações de descontinuidade e inações, de desconstruções, é preciso lembrar, para que registremos de quais condições estamos saindo. Nessa terceira gestão do nosso presidente Lula, a primeira gestão da nossa ministra Margareth, é fundamental que admiremos nossos diferentes modos de fazer audiovisual, nossa diversidade, que consideremos representatividade e representação como pilares, que estejamos atentos e atentas à nacionalização da produção e, principalmente, as nossas políticas de acesso, bem como sua necessária expansão.

O conselho superior do cinema foi criado pela medida provisória Nº2.228-1, de 6 de setembro de 2001. A criação foi resultado da mobilização da sociedade e dos trabalhadores do audiovisual durante o 3° Congresso Brasileiro do Audiovisual, em Porto Alegre, nos anos 2000.

Na época, também foram criados o Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria do Cinema (GEDIC), vinculado à casa civil, que por sua vez articulou a criação da Ancine e do Conselho Superior do Cinema.

Fonte: Brasil61

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Ação apreende duas toneladas de produtos falsos com marca Rock in Rio

Copos, camisas, chapéus e bonés seriam distribuídos a ambulantes

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) com o Ministério Público estadual resultou na apreensão de duas toneladas de materiais falsificados com a marca do festival de música Rock in Rio, que acontece na cidade. A apreensão ocorreu nesta quinta-feira (19), no centro do Rio.

Durante a ação, quatro suspeitos, responsáveis pelas lojas onde os produtos foram localizados, acabaram presos. Eles vão responder por comercialização de material contrafeito [falsificação ou réplica do produto original], ostentando ilegalmente a marca.

Entre os produtos apreendidos estão milhares de copos, camisas, chapéus e bonés, que seriam distribuídos para ambulantes revenderem na segunda semana do evento. O material foi localizado por meio de informações de inteligência, que dão continuidade às ações iniciadas na primeira semana do festival.

Pirataria

Na semana passada, duas ações resultaram na apreensão de grande quantidade de material falsificado. A delegacia especializada na repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial junto com o MP do Rio e a promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim), encontraram mais de 5,3 mil copos, 185 bonés falsos e milhares de porta-copos no primeiro dia do evento dia 13 deste mês. Dois homens foram presos em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No dia seguinte, em operações nas proximidades do Rock in Rio, as equipes localizaram um caminhão com milhares de copos e alças de porta-copos falsificadas com a marca do festival. Também foram apreendidos uma máquina de cartão de crédito e uma credencial falsa.

Até agora, as ações já resultaram na apreensão de mais de 15 mil itens e na prisão de 10 suspeitos.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19

Dados são do Boletim InfoGripe

O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19).

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.

Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.

A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.

No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. “Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC

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Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

Receita arrecadada de janeiro a agosto soma R$ 1,7 trilhão

O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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