O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) divulgou que o faturamento do setor mineral alcançou R$ 75,8 bilhões, uma queda de 30% sobre o mesmo trimestre de 2021. A produção mineral brasileira passou de 355 milhões para 365 milhões de toneladas nas comparações trimestrais, o que corresponde a um incremento de 3%. O valor é uma estimativa do IBRAM, em razão de a Agência Nacional de Mineração (ANM) ainda não ter divulgado os dados oficiais. “É um setor historicamente cíclico, sazonal, que sofre influências de diversas fontes. Ainda assim, mantém posição fundamental para a prosperidade econômica do Brasil, ao proporcionar oportunidades de emprego e arrecadação de tributos e encargos de forma expressiva” – R$ 26,1 bilhões de arrecadação de tributos e encargos no terceiro trimestre de 2022, disse o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann.
A redução da produção e da demanda de aço na China influencia diretamente o desempenho da mineração brasileira em termos de produção e exportação. Além disso, há restrições à produção industrial na China em razão da Covid-19, fenômenos climáticos, como tufões e chuvas intensas, que também influenciam o mercado e a produção de aço no país asiático, principal consumidor de minério de ferro brasileiro – entre outros minérios. Os conflitos na Ucrânia também estão prejudicando os mercados, acrescenta o IBRAM, com reduções na oferta de minério e crise de energia reduzindo a produção de aço na Europa.
Investimentos mantidos
Entre 2022 e 2026, a mineração tem programado investimentos de US$ 40 bilhões no Brasil, sendo cerca de US$ 4 bilhões em investimentos socioambientais. “É um imenso volume de capital, que poderia ser muito maior, se o Brasil contasse com instrumentos de financiamento da atividade mineral, como mantém para outros setores igualmente importantes, como o agronegócio”, afirma Jungmann. O setor gerou mais de 5,6 mil vagas nos oito primeiros meses de 2022, totalizando 203,8 mil vagas diretas, segundo dados oficiais (Novo CAGED). De janeiro de 2021 a agosto de 2022 são 18.313 vagas criadas.
O minério de ferro respondeu por 64% do faturamento total no trimestre. O desempenho de faturamento desse minério apresentou queda de 43%, sendo R$ 48,2 bilhões no trimestre e R$ 85,1 bilhões no mesmo período de 2021. Já o faturamento relacionado ao ouro caiu 4% entre julho e setembro de 2022, para R$ 6,2 bilhões O ouro representou 8% do faturamento da indústria mineral no trimestre.
O faturamento do cobre caiu 13%, para R$ 4 bilhões no terceiro trimestre. O cobre respondeu por 5% do faturamento total no período. Calcário dolomítico, bauxita e granito tiveram altas expressivas no trimestre, de 35%, 51%, e 46%, respectivamente, sobre o mesmo trimestre de 2021. Os valores foram de R$ 3,2 bilhões; R$ 1,8 bilhão; R$ 1,5 bilhão, respectivamente.
Entre os estados mineradores, Minas Gerais teve faturamento de R$ 29,7 bilhões, decréscimo de 38%, enquanto o Pará caiu 37%, para R$ 29,7 bilhões. No trimestre, os dois estados responderam com 39% cada um na produção mineral total. Goiás registrou crescimento no faturamento total de 30%, para R$ 2,9 bilhões e respondeu por 4% da produção mineral brasileira no trimestre, enquanto a Bahia faturou R$ 2,5 bilhões, 3% a menos sobre o mesmo trimestre de 2021. O estado respondeu por 3% da produção mineral brasileira no terceiro trimestre.
São Paulo e Mato Grosso obtiveram faturamento de R$ 2,2 bilhões ( 20%) e R$ 2,1 bilhões ( 25%) na comparação com o mesmo trimestre do último ano. O estado paulista tem sua produção focada principalmente em agregados para a construção civil e granito, sendo que o estado também é importante produtor de água mineral e fosfato. Já o mato Grosso produz ouro e calcário dolomítico, este muito usado na correção de solos. Os dois estados responderam, cada um, por 3% da produção mineral brasileira.
O saldo mineral somou US$ 6,8 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma redução de 56,40% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o Brasil faturou menos nas exportações minerais – pela queda nos preços das commodities minerais –, porém, exportou 1,3% a mais em toneladas de minérios: 105 milhões t. Assim, as exportações de minérios totalizaram US$ 11,6 bilhões, 36,8% abaixo do total no mesmo trimestre de 2021. O minério de ferro respondeu por 70,5% das exportações brasileiras, com 101,5 milhões de toneladas embarcadas no trimestre. Em receita, as vendas externas caíram de US$ 14,9 bilhões, para US$ 8,2 bilhões nas comparações trimestrais. Entre os maiores compradores estão China – 72,2%; Malásia – 5,9%; Japão – 3,1%; Barein – 3,1%; Omã – 2,5%.
As exportações de ouro responderam por 11% e totalizaram US$ 1,3 bilhão para a venda de 27 toneladas no trimestre, queda de 4%. As exportações de cobre cresceram 3,2% em toneladas, para 331,1 milhões de toneladas e responderam por 7% do total. As exportações de caulimse destacaram positivamente, crescendo tanto em toneladas (38,5%) quanto em dólar (54%): no 3T21 totalizaram US$ 28,1 milhões para a venda de 221 milhões de toneladas no trimestre.
Em relação às importações, o Brasil gastou US$ 4,8 bilhões para comprar cerca de 9,7 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 20,5% sobre o mesmo período de 2021. As importações cresceram no trimestre, especialmente de carvão mineral (65,1%), potássio (133%), enxofre (112,1%) e rocha fosfática (80,7%). Mas, em toneladas, houve declínio nas compras desses minérios, à exceção do enxofre.
CFEM
O recolhimento da CFEM no 3T22 (R$ 1,96 bilhões) apresentou elevação de 8,8% na comparação com o 2T22, mas queda de 40,5% na comparação com o 3T21, quando foram arrecadados R$ 3,3 bilhões.
O recolhimento de CFEM sobre minério de ferro representou 85% do total nacional no 3T22, com um valor e R$ 1,66 bilhão, 43,8% a menos do que no 3T21. A CFEM referente ao ouro (4,8% do total nacional) foi de R$ 93 milhões no 3T22 (-4,6%). A CFEM sobre cobre (4,1 do total nacional) foi de R$ 80 milhões no 3T22 (-12,3%). A CFEM sobre bauxita (2,6% do total nacional) foi de R$ 50 milhões no 3T22 ( 44%).
O recolhimento de CFEM por estado apresentou variação negativa nos principais estados mineradores. Em Minas Gerais o valor foi de R$ 837 milhões no 3T22, ou seja, 46,8% a menos do que no 3T21; no Pará foi de R$ 833 milhões (-44,2%). Na Bahia o valor de CFEM foi de R$ 44 milhões no 3T22 (-17,8%). Em Goiás o recolhimento aumentou: R$ 50 milhões, ou seja, 22% a mais no 3T22; no Mato Grosso também foi positivo: R$ 32 milhões, ou seja, 14,1% a mais.
Preço do boi gordo continua em alta, nesta quarta-feira (2)
Já a carcaça suína especial apresentou aumento de 0,34% no preço e o quilo da mercadoria é comercializado a R$ 11,90, em atacados da Grande São Paulo.
A cotação do boi gordo apresentou alta de 0,39%, nesta quarta-feira (2). Com o resultado, a arroba do produto passou a custar R$ 320,75, no estado de São Paulo.
Em relação aos quilos dos frangos congelado e resfriado, houve alta nos preços. O primeiro está comercializado a R$ 8,48 e o segundo a R$ 8,45. Para os dois produtos, as regiões de referência são da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado.
Já a carcaça suína especial apresentou aumento de 0,34% no preço e o quilo da mercadoria é comercializado a R$ 11,90, em atacados da Grande São Paulo.
Para o quilo do suíno vivo, a tendência foi de estabilidade nos preços em quase todos os estados analisados pelo Cepea, como é o caso do Paraná, onde o produto ainda é vendido a R$ 7,67.
Café arábica tem alta no preço e robusta fica mais barato, nesta quarta-feira (2)
Para o açúcar cristal, em São Paulo, o preço subiu 0,94% e o produto é vendido a R$ 141,03
A saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 2.559,28, na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (2). O valor foi definido após alta de 1,51%. Para o café robusta, houve redução de 1,71% no preço e a mercadoria é negociada a R$ 1.913,76.
Para o açúcar cristal, em São Paulo, o preço subiu 0,94% e o produto é vendido a R$ 141,03. Na cidade de Santos, o preço médio, sem impostos, da saca de 50 quilos, teve aumento de 0,99%, com a mercadoria negociada a R$ 146,18.
Já a saca de 60 kg do milho apresentou recuo de 1,24% no preço e é negociada a R$ 86,62, para a região de referência de Campinas (SP).
Soja começa a quarta-feira (2) com queda no preço, no litoral do Paraná
Já entre diferentes cidades do interior do Paraná, houve recuo de preços em 0,02%— e a saca de 60kg é negociada a R$ 127,28
A saca de 60 quilos de soja está cotada, nesta quarta-feira (2), a R$ 132,10, no litoral do Paraná, em Paranaguá. Nesta região, o preço do produto teve queda de 0,07% na comparação com a última cotação.
Já entre diferentes cidades do interior do Paraná, houve recuo de preços em 0,02%— e a saca de 60kg é negociada a R$ 127,28.
O preço do trigo apresentou aumento de 0,72% no Paraná, vendido a R$ 1.538,18, por tonelada. No Rio Grande do Sul, a tonelada custa R$ 1.446,97, após queda de 0,03% no preço.
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