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São Paulo lança pacote de fomento à descarbonização, com crédito de R$ 500 mi

Programa promove políticas de fomento à demanda e ao desenvolvimento tecnológico e à inovação do mercado de hidrogênio verde

Com 70% de fontes renováveis na matriz energética, São Paulo trabalha para ampliar a produção de energia sustentável e descarbonizar a economia. Durante o Seminário “Hidrogênio de Baixo Carbono – São Paulo no Caminho do Net Zero”, organizado pelas secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil); de Desenvolvimento Econômico (SDE); e pela InvestSP – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, no último dia 22, foi anunciado o pacote que prevê, entre outras medidas, crédito de R$ 500 milhões, para o financiamento público de inovação na área.

“Essa linha está disponível para as empresas de pequeno, médio porte e para startups. Para empresas que já estão debruçadas e comprometidas com esse processo de descarbonização do seu processo produtivo”, explica a diretora de Projetos de Investimentos da InvestSP, Marília Garcez.

O pacote também contempla o programa ProVeículo Verde. Vinculada à Secretaria de Fazenda e Planejamento do estado, a medida prevê a utilização do crédito acumulado de ICMS para desenvolvimento, fabricação e produção de veículos que tenham impacto na redução de gases de efeito estufa.

Outra frente de atuação é a implementação de um Hub de Projetos, como explica Garcez. “Outro eixo é um funil único de entrada de todos os projetos, pleitos e contribuições, que é o que a gente chama de hub de projetos de descarbonização de São Paulo. A InvesteSP entra como o organismo responsável pela organização de tudo o que está sendo conversado, pensado com intenção de investimento para que a gente possa organizar as informações e disparar para dentro do governo.”

Segundo a diretora de investimentos, o objetivo das ações é apoiar e promover medidas táticas para descarbonização de cada etapa do processo produtivo.

“Do ponto de vista do estado de São Paulo, é o ciclo de vida do processo produtivo, ou seja, do campo à exportação. Como posso descarbonizar cada uma das etapas do processo produtivo, seja para incorporação desse novo vetor energia dentro do processo produtivo nacional, das empresas do parque industrial que está estabelecido no estado, principalmente, ou se ele funciona e tem viabilidade econômica, financeira para ser matéria de exportação no seu estado energético”, diz.

Plano Estadual de Energia

O pacote de fomento a descarbonização do estado integra o Plano Estadual de Energia 2050 (PEE), desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). O projeto, que contou com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), prevê R$ 16,8 bilhões em investimentos para a transição energética.

Dos 21 projetos que estão em fase de desenvolvimento, dez já estão em implementação. Estes somam R$ 4,8 bilhões e contemplam dez cidades de oito regiões administrativas: Araçatuba, Barretos, Campinas, Franca, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Seis deles são da área de infraestrutura, três da indústria e um de material de construção.

Projetos de produção de hidrogênio verde a partir da reforma do etanol também estão sendo desenvolvidos no estado. Um deles é desenvolvido em parceria com a USP e players da iniciativa privada, como explica Garcez.

“Se produz o hidrogênio verde a partir da reforma do etanol, esse hidrogênio será combustível de abastecimento dos ônibus que rodam dentro da cidade universitária e onde haverá, inclusive, um ponto de abastecimento desse hidrogênio em estado gasoso”, afirma.

Comissão do Hidrogênio Verde

No Congresso Nacional, a Comissão Especial da Transição Energética e Produção do Hidrogênio Verde foi instalada em maio e tem como objetivo acompanhar a implementação de medidaspara a transição da energia sustentável no Brasil e levantar iniciativas legislativas que estão em tramitação.

Segundo o presidente da Comissão Especial da Transição Energética e Produção do Hidrogênio Verde no Brasil, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), a intenção da comissão é identificar e debater as dificuldades e os caminhos que podem ser percorridos para a produção de hidrogênio verde no Brasil.

“O grupo de trabalho definiu uma série de iniciativas, são audiências, mas nós vamos ouvir todos os especialistas. São momentos em que nós vamos ver as experiências que estão sendo desenvolvidas, identificar dificuldades, propor iniciativa tanto de políticas públicas como de legislação para que o Brasil possa ser o líder na produção do hidrogênio”, afirma.

A comissão já aprovou o plano de trabalho e requerimentos para realização de um seminário e duas audiências públicas sobre o tema. A realização do seminário deve ocorrer na cidade de Belém (PA), nas dependências da Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

Fonte: Brasil61

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Ação apreende duas toneladas de produtos falsos com marca Rock in Rio

Copos, camisas, chapéus e bonés seriam distribuídos a ambulantes

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) com o Ministério Público estadual resultou na apreensão de duas toneladas de materiais falsificados com a marca do festival de música Rock in Rio, que acontece na cidade. A apreensão ocorreu nesta quinta-feira (19), no centro do Rio.

Durante a ação, quatro suspeitos, responsáveis pelas lojas onde os produtos foram localizados, acabaram presos. Eles vão responder por comercialização de material contrafeito [falsificação ou réplica do produto original], ostentando ilegalmente a marca.

Entre os produtos apreendidos estão milhares de copos, camisas, chapéus e bonés, que seriam distribuídos para ambulantes revenderem na segunda semana do evento. O material foi localizado por meio de informações de inteligência, que dão continuidade às ações iniciadas na primeira semana do festival.

Pirataria

Na semana passada, duas ações resultaram na apreensão de grande quantidade de material falsificado. A delegacia especializada na repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial junto com o MP do Rio e a promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim), encontraram mais de 5,3 mil copos, 185 bonés falsos e milhares de porta-copos no primeiro dia do evento dia 13 deste mês. Dois homens foram presos em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No dia seguinte, em operações nas proximidades do Rock in Rio, as equipes localizaram um caminhão com milhares de copos e alças de porta-copos falsificadas com a marca do festival. Também foram apreendidos uma máquina de cartão de crédito e uma credencial falsa.

Até agora, as ações já resultaram na apreensão de mais de 15 mil itens e na prisão de 10 suspeitos.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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Mundo

Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19

Dados são do Boletim InfoGripe

O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19).

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.

Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.

A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.

No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. “Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC

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Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

Receita arrecadada de janeiro a agosto soma R$ 1,7 trilhão

O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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