Conecte-se conosco

Economia

CNI: PIB deve crescer 2,4% em 2025; entidade projeta desaceleração da economia

Para entidade, fatores como a alta dos juros, a evolução mais lenta do mercado de trabalho e redução do impulso fiscal de governos das três esferas devem influenciar desaceleração do crescimento

CNI: PIB deve crescer 2,4% em 2025; entidade projeta desaceleração da economia

Segundo projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a economia do país deve crescer 2,4% em 2025. A projeção compõe o relatório Economia Brasileira 2024-2025, divulgado na terça-feira (17). De acordo com a confederação, fatores como a alta dos juros, a evolução mais lenta do mercado de trabalho e redução do impulso fiscal de governos das três esferas devem influenciar a desaceleração do crescimento.

“O grande fator de preocupação e de contenção da economia para o ano que vem é a política monetária, é a alta na taxa de juros”, afirmou o superintendente de economia da CNI, Mario Sergio Telles.

A entidade prevê, ainda, que o Banco Central continuará com a política de aperto monetário até a metade de 2025, com a taxa Selic projetada para encerrar o ano em 12,75%.

Com relação ao ciclo de alta na taxa de juros, que deve ser mantido no primeiro trimestre de 2025 até chegar a 14,25%, a entidade aponta que o movimento de aumento causará diversos efeitos, implicando também na concessão de crédito. 

Mario Sergio Telles destacou que as regras do novo arcabouço fiscal e o pacote de redução do governo reduzem o impulso fiscal. Além disso, os governos regionais também devem reduzir o estímulo fiscal em 1,5%. As projeções da CNI para o ano que vem consideram o pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado pelo governo na ordem de R$ 22 bi.

“A política fiscal no ano que vem vai estar mais em linha com o movimento esperado pela política monetária de redução de crescimento da demanda interna”, disse Mario Sergio Telles.

Projeções para 2025

Para o presidente da CNI, Antonio Ricardo Alban, o cenário para economia brasileira no ano que vem é preocupante.

“Eu diria que torço para que a gente esteja errado, e espero que nós sejamos surpreendidos de novo com a economia em 2025, como todos foram surpreendidos em 2024, de alguma forma em 2023, mas sabemos que alguns cenários são mais preocupantes para 2025 na realidade de hoje”, avaliou o presidente em entrevista coletiva.

Segundo o relatório da CNI, a agropecuária deve se recuperar da queda prevista para 2024 (2,7%) e crescer 4,2% em 2025. A entidade afirma no documento que é esperada para o ano que vem uma retomada da produção agrícola, com prognóstico de safra indicando alta de 5,8% em relação à deste ano, conforme Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.

Já o setor de serviços deve ter aumento de 1,9%, menos do que 2024, cuja alta projetada foi de 3,7%. O relatório aponta que a queda se dá em função da demanda menor.

Por conta da redução do crescimento da demanda interna, o relatório aponta que a indústria deve crescer 2,1% em 2025. Além disso, a indústria de transformação deve subir 2% – caso a projeção seja alcançada, serão dois anos consecutivos de alta do setor.

A CNI aponta, ainda, que o IPCA deve fechar 2024 com alta de 4,8%, sendo 0,3 ponto percentual acima do teto da meta, de 4,5%. A entidade estima, ainda, que a inflação desacelere e feche 2025 em 4,2%.

Segundo a CNI, o mercado de trabalho mantém forte alta em 2024, com projeção de crescimento  de 7,2%, frente a 6,9% de 2023.  Já em 2025 o mercado de trabalho deverá crescer menos, com projeção de 1,2% para o número de pessoas ocupadas e 3,3% para a massa de rendimento real no ano que vem.

Fonte: Agência de Notícias da Indústria

Projeções para 2024

Para 2024, a confederação subiu para 3,5% a expectativa de alta do PIB, exercendo o dobro em relação à estimativa anunciada no fim do ano passado, que foi de 1,7%.

A CNI projeta, ainda, que a indústria deve crescer 3,3% este ano. Já a indústria de transformação deve subir 3,5%. E os serviços devem crescer 3,7%.

“Apesar do câmbio desfavorável, as importações devem registrar alta de 10,6% em 2024, na comparação com o ano passado”, diz documento da CNI.
 

Pixel Brasil 61

Continue Lendo
Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

CFEM: R$ 67,8 milhões são partilhados entre municípios afetados por atividades minerárias

O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total acima de R$ 2.1 milhões

CFEM: R$ 67,8 milhões são partilhados entre municípios afetados por atividades minerárias

Os municípios brasileiros não produtores de minérios, mas que são afetados pela atividade minerária, partilham, neste mês, R$ 67.801.356,40. O montante é referente aos 15% do total arrecadado com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em março.

Os recursos serão destinados a 1.326 municípios afetados pela atividade de mineração por possuírem ferrovias, estruturas, minerodutos ou que contam com atividades portuárias.

A verba é distribuída pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total de R$ 2.196.358,51. Na sequência aparece São Luís (MA), que conta com R$ 2.159.143,96; e Governador Valadares (MG), que ganhou R$ 1.539.332,40. 

FPM: municípios brasileiros partilham R$ 2,3 bi, nesta quinta-feira (17)

Vale lembrar que o valor partilhado entre esse grupo de cidades poderá ser complementado após a ANM simular o cálculo das parcelas devidas aos municípios produtores que podem receber como afetados, além do recálculo dos índices de distribuição, conforme previsto no Anexo I da Resolução ANM nº 143/2023. 

A agência também deve calcular os valores remanescentes que serão destinados aos municípios que fazem divisa com os produtores de minérios. O doutor em Geotécnica Rideci Farias explica como funciona o calendário de pagamentos da compensação.

“O pagamento é incidente a um determinado ciclo anual de distribuição da CFEM aos municípios afetados, em que se refere ao período de 12 meses — que compreende a arrecadação recolhida entre 1º de maio de um ano e 30 de abril do ano seguinte. E, por parte das empresas, o pagamento da compensação financeira é efetuado mensalmente até o último dia útil do mês subsequente ao fato gerador, devidamente corrigido”, destaca.

Confira a lista dos 10 municípios que recebem os maiores valores

  1. AÇAILÂNDIA (MA) – R$ 2.196.358,51 
  2. SÃO LUÍS (MA) – R$ 2.159.143,96 
  3. GOVERNADOR VALADARES (MG) – R$ 1.539.332,40 
  4. MARABÁ (PA) – R$ 1.516.526,64 
  5. SÃO JOÃO DEL REI (MG) – R$ 1.421.258,64 
  6. ALTO ALEGRE DO PINDARÉ (MA) – R$ 1.362.617,75 
  7. MORRO DO PILAR (MG) – R$ 1.298.825,38 
  8. CAETITÉ (BA) – R$ 1.283.419,47 
  9. ITAGUAÍ (RJ) – R$ 1.214.474,90 
  10. LADÁRIO (MS) – R$ 1.082.982,57

 

 

Critérios de distribuição

Pelos termos da Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017, a distribuição da CFEM é feita de acordo com os seguintes percentuais e critérios:

  • 7% para a entidade reguladora do setor de mineração;
  • 1% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);
  • 1,8% para o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem);
  • 0,2% para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
  • 15% para o Distrito Federal e os estados onde ocorrer a produção;
  • 60% para o Distrito Federal e os municípios onde ocorrer a produção;
  • 15% para os municípios não produtores de minérios, mas que são cortados pelas infraestruturas utilizadas para o transporte ferroviário ou dutoviário de substâncias minerais; ou são afetados pelas operações portuárias e de embarque e desembarque de substâncias minerais; ou ainda são onde estão localizadas pilhas de estéril, barragens de rejeitos e instalações de beneficiamento de substâncias minerais, bem como as demais instalações previstas no plano de aproveitamento econômico. 
     

Pixel Brasil 61

Continue Lendo

Economia

CFEM: ANM repassa R$ 406 milhões a estados e municípios produtores minerários

Do valor total, cerca de R$ 81 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já mais de R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios

CFEM: ANM repassa R$ 406 milhões a estados e municípios produtores minerários

A Agência Nacional de Mineração (ANM) distribuiu R$ 406 milhões (R$ 406.458.974,30) aos estados, Distrito Federal e municípios produtores minerais. Esse montante corresponde à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada durante o mês de março e distribuída em abril.

Do valor total, R$ 81,2 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios.

O advogado especialista em mineração Alexandre Sion explica que, como os reais impactos das atividades minerárias são sofridos pelas cidades onde a produção ocorre, é justo que essa parcela seja destinada a esses entes.

“Os recursos minerais pertencem à União para fins de aproveitamento mineral. Contudo, é a localidade quem sofre os principais impactos pelo desenvolvimento da atividade minerária. Tanto que 60% dos valores recolhidos a título de CFEM devem ser distribuídos aos municípios onde se localizam as jazidas minerais. Dessa forma, a distribuição desses valores é relevante para fins de equilíbrio na relação entre impactos e benefícios”, destaca.

CFEM: maiores valores

De acordo com dados da agência, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Minas Gerais (R$ 41.289.603,40), Pará (R$ 27.052.382,72), Bahia (R$ 2.595.603,56) e Goiás (R$ 2.329.217,44).

FPM: municípios brasileiros partilham R$ 2,3 bi, nesta quinta-feira (17)

Entre os municípios produtores que mais receberam os recursos estão: Canaã dos Carajás (PA) com R$ 47.378.797,42; Parauapebas (PA), com R$ 31.594.892,67; e Conceição do Mato Dentro (MG), com R$ 24.954.887,22.

CFEM: confira aqui se seu município recebeu recursos

 

 

CFEM: o que é

A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.  

Pixel Brasil 61

Continue Lendo

Economia

Dólar volta a cair e é cotado a R$ 5,86

Seguindo tendência mundial, divisa americana volta a perder valor diante de volatilidade sobre decisões de tarifas

Dólar volta a cair e é cotado a R$ 5,86

Nesta quinta-feira (17) o dólar é cotado a R$ 5,86, em queda de 0,43%. A baixa do dólar no Brasil segue tendência mundial de desvalorização, muito por conta da volatilidade das decisões acerca das tarifas de importação que vêm sendo tomadas naquele país.  

O mundo segue apreensivo com os impactos que as decisões do presidente Trump podem causar na economia mundial. Isso tem feito com que investidores, pouco confiantes nos Estados Unidos, busquem outros países para fazer seus investimentos. 

O cenário de hoje, que pode mudar a qualquer momento, é de 145% sobre os produtos chineses que entrarem na América. Em contrapartida, a China impôs 125% sobre os produtos norte-americanos. O que, para os especialistas, pode acelerar a inflação global e causar recessão econômica em vários países.

 

Pixel Brasil 61

Continue Lendo

Destaques