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Economia

Simples Nacional: saiba mais sobre o regime unificado de tributação

Podem optar pelo Simples Nacional os MEIs, as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões

Simples Nacional: saiba mais sobre o regime unificado de tributação

Todo empreendedor, ao abrir um negócio, deve escolher um regime de tributação. Para isso, é preciso analisar questões como o limite de faturamento da empresa, quais impostos precisam ser pagos, como é feito o cálculo do tributo, entre outras variáveis. No Brasil, existem três opções de regime tributário: o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Simples Nacional.

O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, mais conhecido como Simples Nacional, foi criado em 2006 — a partir da Lei Complementar n° 123 — e permite unificar o pagamento de diversos tributos, tanto federais quanto estaduais e municipais. 

Entre os tributos recolhidos mensalmente pelo empreendedor, ao optar pelo regime unificado, estão:

  • Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
  • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
  • Contribuição para o PIS/Pasep;
  • Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
  • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
  • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

O prazo para pagamento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) é até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido obtida a receita bruta.

Podem optar pelo Simples Nacional os Microempreendedores Individuais (MEIs), as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP). Para isso, é preciso respeitar o limite anual de faturamento estabelecido pela legislação:

  • MEI: até R$ 81 mil/ano
  • ME: até R$ 360 mil/ano
  • EPP: até R$ 4,8 milhões/ano

Também é preciso atender outros requisitos para se enquadrar no Simples Nacional, como:

  • ter natureza jurídica de sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual ou empresário individual;
  • não possuir débitos com o governo;
  • não exercer atividade de instituição bancária e/ou financeira;
  • não ser geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
  • não exercer atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
  • não exercer atividade de importação de combustíveis;
  • não exercer atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, cervejas sem álcool e bebidas alcoólicas (exceto, a partir de 2018, as produzidas ou vendidas no atacado por micro e pequenas cervejarias, micro e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias) e
  • não realizar atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS, entre outras exigências.

17 anos do Simples Nacional

O Simples Nacional entrou em vigor no dia 1° de julho de 2007, depois que a luta de entidades encabeçadas pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) conseguiu aprovar o Estatuto da Micro e Pequena Empresa. Desde então, o número de empresas optantes pelo regime passou dos iniciais 2,5 milhões para 23,1 milhões em outubro de 2024, segundo a Receita Federal.

O especialista em direito tributário Thulio Carvalho, mestre em Direito pela PUC/SP, detalha os objetivos da criação do Simples Nacional.

“Na sua origem, esse sistema teve como objetivo incentivar a formalização de atividades econômicas que estivessem em estágio inicial de desenvolvimento, assim como aquelas de pequeno porte. Na realidade, o que se pretendeu com a criação do sistema foi reduzir a economia subterrânea, ou seja, reduzir a quantidade de negócios realizados à margem de fiscalização pelo Estado e que, por tal motivo, acabavam não tributados pela União, pelos estados e pelos municípios.”

De acordo com levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 71% dos empresários que optaram pelo Simples Nacional consideram que o sistema é de fácil entendimento e pelo menos metade afirma que pagaria mais impostos de mudasse para o regime de Lucro Presumido ou Lucro Real.

Segundo o gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae Ênio Pinto, o Simples Nacional deu visibilidade para muitos microempreendedores que estavam na informalidade. 

“A condição de MEI permite que você tire um empreendimento da informalidade e, a partir do momento que ele é formal — que terá condição inclusive de ter notas fiscais — [possa] vender para outras empresas, para o próprio governo. Acho que a figura do MEI é um divisor de águas na economia brasileira, porque tira muita gente da informalidade e catalisa, impulsiona, acelera o processo de empreendedorismo na economia como um todo.” 

Simples Nacional em números

Do total de 23,1 milhões de optantes pelo Simples Nacional, São Paulo é o estado que lidera com o maior número de CNPJs. Veja o ranking:

  • SP: 6.657.707
  • MG: 2.477.208
  • RJ: 2.247.104
  • PR: 1.608.854
  • RS: 1.458.176
  • BA: 1.181.992
  • SC: 1.153.320
  • GO: 843.328
  • CE: 670.225
  • PE: 646.187
  • ES: 529.066
  • PA: 475.395
  • MT: 435.294
  • DF: 388.195
  • MA: 319.952
  • MS: 311.828
  • PB: 282.417
  • RN: 268.496
  • AM: 246.440
  • AL: 210.748
  • PI: 194.325
  • RO: 146.571
  • SE: 145.990
  • TO: 145.259
  • AP: 47.644
  • RR: 42.733
  • AC: 42.724

Confira os números de optantes do Simples Nacional por Classificação Nacional das Atividades Econômicas no link.

Reforma tributária: competitividade do Simples Nacional será comprometida, defende entidade

Simples Nacional: ‘pejotização’ e limite do enquadramento são alvo de discussões sobre reajuste do regime

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Ibovespa fecha última sessão em torno de 129 mil pontos

No pregão, as ações com maiores alta foram da Meliuz e da Banrisul, com elevações de 18,10% e 13,29%, respectivamente

Ibovespa fecha última sessão em torno de 129 mil pontos

O índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) fechou a última sessão em torno de 129 mil pontos. 

A cotação foi registrada diante de novos episódios da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. 

O país asiático chegou a ordenar às companhias aéreas que não façam mais encomendas de aviões da americana Boeing – medida que foi criticada por Donald Trump. 

No pregão, as ações com maiores altas foram da Meliuz e da Banrisul, com elevações de 18,10% e 13,29%, respectivamente. 

Já as maiores baixas foram de ações da Usiminas e das Casas Bahia, com respectivas quedas de 18% e 11,45%.

O volume total negociado na B3 foi de R$ 20,5 bilhões. 

Os dados podem ser consultados no site da B3.

 

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Preço do café arábica sobe e saca é vendida a R$ 2.496 nesta quarta-feira (16)

Para o açúcar cristal, em São Paulo, houve elevação de 0,23% no preço e o produto é vendido a R$ 142,68

Preço do café arábica sobe e saca é vendida a R$ 2.496 nesta quarta-feira (16)

A saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 2.496,83, na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (16). O valor foi definido após alta de 0,65%. Para o café robusta, houve aumento de 3,58% no preço e a mercadoria ainda é negociada a R$ 1.693,93. 

Para o açúcar cristal, em São Paulo, houve elevação de 0,23% no preço e o produto é vendido a R$ 142,68. Na cidade de Santos, o preço médio, sem impostos, da saca de 50 quilos, teve queda de 0,39%, com a mercadoria negociada a R$ 136,99.

Já a saca de 60 quilos do milho apresentou recuo de 0,69% no preço e é negociada a R$ 84,71, para a região de referência de Campinas (SP).

Os valores são do Cepea.  

 

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Soja tem queda no preço e trigo fica mais caro, nesta quarta-feira (16)

Em relação ao trigo, no Paraná, houve salto de 0,44% no último fechamento, com a tonelada do produto vendida a R$ 1.579,17

Soja tem queda no preço e trigo fica mais caro, nesta quarta-feira (16)

Após queda de 0,81% no preço, a saca de 60 quilos de soja passou a ser negociada a R$ 131,48, nesta quarta-feira (16), em diferentes regiões do interior do Paraná. 

No litoral do estado, o movimento no preço do produto também foi de redução. Em Paranaguá, o valor da saca de 60 quilos caiu 1,37% e a mercadoria é negociada a R$ 135,30.

Em relação ao trigo, no Paraná, houve salto de 0,44% no último fechamento, com a tonelada do produto vendida a R$ 1.579,17.

No Rio Grande do Sul, por sua vez, o preço subiu 0,49% e a mercadoria é negociada a R$ 1.482,14, por tonelada. 

Os valores são do Cepea.
 
 

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