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Pernambuco está na rota do mercado global de hidrogênio verde

Com muito sol e bons ventos, estado produziu o primeiro hidrogênio verde certificado da América do Sul. TechHub instalado no Complexo Portuário de Suape será importante polo de produção do H2V

Pernambuco recebeu o primeiro certificado de produção em larga escala de hidrogênio verde (H2V) na América do Sul. Concedida pela empresa alemã TÜV Rheinland, referência mundial em certificação, a avaliação atestou a produção de hidrogênio verde e neutro em carbono dentro da cadeia de distribuição de hidrogênio da unidade White Martins, na planta de Suape. De acordo com a empresa, serão 156 toneladas de hidrogênio verde produzidas por ano.

Por estar geograficamente bem localizado, o Complexo Industrial Portuário de Suape contará com uma planta industrial produtora de H2V. O complexo terá espaços para a implementação de empresas que atuam na cadeia de H2V, além de possuir um ecossistema local que apoia o projeto, com universidades e o porto de Suape. Segundo o governo do estado, serão gerados cerca de 2.900 empregos com a instalação do empreendimento.

O TechHub de Suape é uma iniciativa desenvolvida em parceria com a CTG Brasil, Departamento Nacional do Senai, Senai Pernambuco e o Governo de Pernambuco, com o objetivo de tornar o porto um espaço de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco no novo combustível. O projeto técnico deve ocupar uma área de 1,4 hectares.

De acordo com a diretora de Tecnologia e Inovação do Complexo Industrial Portuário de Suape, Adriana Martin, o principal objetivo do TechHub é implementar o desenvolvimento tecnológico do hidrogênio verde.

“O objetivo nessa parceria é fazer o desenvolvimento tecnológico para, posteriormente, fazer a transferência da tecnologia para as empresas que irão produzir esse projeto, armazenar, comercializar, enfim, os usuários finais de aplicação. Nós estamos no estágio de desenvolvimento tecnológico, nessa parceria com o Senai e com empresas que estão interessadas nesse desenvolvimento conjunto”, explica.

Segundo a diretora, as obras dos laboratórios de hidrogênio verde vão começar em breve. “Nós estaremos nas próximas semanas, iniciando a construção dos laboratórios, então, até o final do ano, isso estará pronto para iniciar esse momento tecnológico, entretanto, já estamos com projetos em andamento, de mapeamento de emissões dentro do nosso complexo, então temos ações em paralelo se desenvolvendo”, ressalta.

Adriana Martin explica que o desenvolvimento da cadeia de hidrogênio verde em Pernambuco vai movimentar a economia e gerar emprego e renda.

“É uma grande oportunidade de desenvolvimento e de alavancar o nosso porto, trazendo mais empresas, trazendo desenvolvimento econômico e social, porque tudo vem junto. Você traz a capacitação da mão de obra, vai gerar empregos, vai gerar renda e vai gerar o desenvolvimento do estado. Então é uma grande oportunidade não só para Pernambuco, quanto para todos os estados que estão com este olhar para o combustível do futuro”, pontua.

O Porto de Suape já assinou Memorando de Entendimentos (MoUs) envolvendo investimentos em hidrogênio verde com empresas como Neoenergia, CTG Brasil, Galp Energia, Comerc Eficiência e Casa dos Ventos, Total Eren, Fortescue Future Industries, Qair/Copergás, Brid Logística, Mitsui, entre outras.

Hidrogênio Verde no Congresso

Representantes da Comissão Especial do Hidrogênio Verde do Senado visitaram no mês de maio o Complexo Industrial Portuário de Suape, situado no Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. A visita teve como objetivo conhecer o projeto do TechHub e suas instalações.

Para a integrante da Comissão do Meio Ambiente (CMA) do Senado, a senadora Teresa Leitão (PT-PE), o Porto de Suape é uma área bastante propícia para investimentos.

“A planta industrial já encontra de partida uma área bastante acessível e estratégica, para a implantação de uma produtora de hidrogênio verde. Pernambuco tem agora essa potencialidade de Suape, que ficou esquecida nos últimos 4 anos e estamos lutando inclusive para a conclusão do ramal da Transnordestina. Tudo isso dará uma recuperação importante ao Complexo Portuário de Suape e, evidentemente, ficarão criadas as melhores condições. Seriam no projeto inicial mais de 72 mil hectares disponibilizados e a geração de cerca de 2.900 empregos. Isso é importantíssimo para o desenvolvimento do nosso estado”, afirma.

Potencial do Hidrogênio Verde

Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais produz energia renovável no mundo, atrás apenas de EUA e China. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que, no primeiro trimestre desse ano, 94% de toda a energia elétrica produzida pelo Brasil veio de fontes renováveis, como usinas eólicas, solares, hidrelétricas e biomassa. Segundo o levantamento, foi o maior índice de participação de energia limpa na matriz brasileira nos últimos 10 anos.

A alta oferta também coloca o país entre os mais competitivos em termos de preço. Dados de um levantamento realizado pela BloombergNEF (BNEF) projetam o Brasil como um dos únicos países capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo até 2030.

Indústria brasileira aposta no hidrogênio verde para mudança energética sustentável

Fonte: Brasil61

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Ação apreende duas toneladas de produtos falsos com marca Rock in Rio

Copos, camisas, chapéus e bonés seriam distribuídos a ambulantes

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) com o Ministério Público estadual resultou na apreensão de duas toneladas de materiais falsificados com a marca do festival de música Rock in Rio, que acontece na cidade. A apreensão ocorreu nesta quinta-feira (19), no centro do Rio.

Durante a ação, quatro suspeitos, responsáveis pelas lojas onde os produtos foram localizados, acabaram presos. Eles vão responder por comercialização de material contrafeito [falsificação ou réplica do produto original], ostentando ilegalmente a marca.

Entre os produtos apreendidos estão milhares de copos, camisas, chapéus e bonés, que seriam distribuídos para ambulantes revenderem na segunda semana do evento. O material foi localizado por meio de informações de inteligência, que dão continuidade às ações iniciadas na primeira semana do festival.

Pirataria

Na semana passada, duas ações resultaram na apreensão de grande quantidade de material falsificado. A delegacia especializada na repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial junto com o MP do Rio e a promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim), encontraram mais de 5,3 mil copos, 185 bonés falsos e milhares de porta-copos no primeiro dia do evento dia 13 deste mês. Dois homens foram presos em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No dia seguinte, em operações nas proximidades do Rock in Rio, as equipes localizaram um caminhão com milhares de copos e alças de porta-copos falsificadas com a marca do festival. Também foram apreendidos uma máquina de cartão de crédito e uma credencial falsa.

Até agora, as ações já resultaram na apreensão de mais de 15 mil itens e na prisão de 10 suspeitos.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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Mundo

Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19

Dados são do Boletim InfoGripe

O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19).

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.

Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.

A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.

No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. “Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC

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Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

Receita arrecadada de janeiro a agosto soma R$ 1,7 trilhão

O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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