Formada em Direito, Larissa Moraes já não sentia mais prazer na advocacia. Para aliviar a tensão do trabalho, recorria ao hobby de desenhar quando chegava em casa. Mal sabia ela que de um desses momentos de relaxamento viria uma obra que mudaria sua vida para sempre.
“Desenhei uma coleção de jóias e guardei na gaveta. Não tinha pretensão com ela. Alguém falou: ‘coloca no Instagram’. Fui produzindo [as jóias] aos poucos, até que uma designer de Brasília viu os meus desenhos e perguntou se eu sabia que estava desenhando alta joalheria”, lembra Larissa.
Vendo que ali se apresentava uma oportunidade de empreender, Larissa deixou o emprego e gastou todas as economias para fabricar as jóias que havia desenhado. “A coleção ficou pronta em janeiro de 2020. O evento ia ser em abril, mas a pandemia chegou em março”, conta.
Desempregada e sem saber o que fazer com o monte de jóias que havia produzido para vender, Larissa recebeu de uma amiga a sugestão para se inscrever em alguns concursos. “Eu achei ótimo. Na minha cabeça, eu ia me inscrever só para colocar: ‘participou do concurso tal’. Procurei os dez melhores concursos de jóias do mundo e alguns estavam com inscrições abertas”, diz.
Mais uma vez, um ato pouco pretensioso da advogada trouxe uma reviravolta surpreendente, daquelas que só se veem nas telas de cinema.
“O que começou como um hobby virou meu mundo de cabeça para baixo. Com essa coleção de joias, eu consegui 13 prêmios internacionais. No prêmio mais importante, eu ganhei o ouro, a prata e o bronze. No concurso de pérolas nos Estados Unidos, eu fui a escolha do presidente, que é o máximo que você pode ter. Eu fui publicada na Forbes duas vezes e uma revista de referência de joalheria fez uma matéria sobre mim. Eu fui publicada em 20 países diferentes. Foram mais de 200 publicações, sem dinheiro para marketing, nunca paguei um tráfego. É uma história de cinema e eu estou estrelando. Acho isso fantástico”, celebra.
Apoio determinante
A ascensão meteórica da designer de joias brasileira passou a chamar a atenção de grandes marcas do exterior, que a procuravam em busca de parcerias. Mas, sem conhecimento sobre comércio internacional e com poucos recursos para atender a demanda crescente, ela resolveu pedir ajuda. “Eu estava presa em casa, sem saber o que fazer, mas uma amiga do design falou: ‘o Peiex pode te orientar nisso’,” recorda.
Larissa se inscreveu no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — iniciativa que capacita empreendedores nacionais a vender seus produtos para outros países.
“Imagina você começando uma empresa, vivendo tudo isso, você precisa de apoio. É muito difícil seguir sozinho. Eu não paguei nada pelo Peiex. Me pegaram pela mão, me ajudaram. Eu sinto muita gratidão pela Apex”, afirma.
Em seguida, a designer participou do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa da agência que oferece mentoria para que empresas lideradas por mulheres conquistem seu espaço no comércio exterior.
“A gente tem muitas aulas, palestras e material de conhecimento. Eu estou fazendo a minha parte e estudando para transformar a Larissa Moraes Jewelry na Cartier brasileira. Eu vou chegar lá”, projeta.
Desde que participou dos programas da Apex, Larissa assinou contrato com duas lojas no exterior para vender seus produtos, sendo uma na Europa e outra nos Estados Unidos. Agora, ela desenha uma segunda coleção que, com o apoio da agência brasileira, será apresentada para lojistas importantes.
Mulheres e Negócios Internacionais
Idealizado pela Apex em junho de 2023, o programa tem como objetivo fazer com que as empresas de liderança feminina comecem a exportar ou exportem ainda mais, por meio de cursos, rodadas de negócios e outras oportunidades.
Em um ano de iniciativa, a ApexBrasil promoveu mais de 30 ações, que resultaram em um crescimento de 33,4% no número de empresas apoiadas e na chegada de mais de 70 parceiros.
Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
CFEM: R$ 67,8 milhões são partilhados entre municípios afetados por atividades minerárias
O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total acima de R$ 2.1 milhões
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Os municípios brasileiros não produtores de minérios, mas que são afetados pela atividade minerária, partilham, neste mês, R$ 67.801.356,40. O montante é referente aos 15% do total arrecadado com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em março.
Os recursos serão destinados a 1.326 municípios afetados pela atividade de mineração por possuírem ferrovias, estruturas, minerodutos ou que contam com atividades portuárias.
A verba é distribuída pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total de R$ 2.196.358,51. Na sequência aparece São Luís (MA), que conta com R$ 2.159.143,96; e Governador Valadares (MG), que ganhou R$ 1.539.332,40.
Vale lembrar que o valor partilhado entre esse grupo de cidades poderá ser complementado após a ANM simular o cálculo das parcelas devidas aos municípios produtores que podem receber como afetados, além do recálculo dos índices de distribuição, conforme previsto no Anexo I da Resolução ANM nº 143/2023.
A agência também deve calcular os valores remanescentes que serão destinados aos municípios que fazem divisa com os produtores de minérios. O doutor em Geotécnica Rideci Farias explica como funciona o calendário de pagamentos da compensação.
“O pagamento é incidente a um determinado ciclo anual de distribuição da CFEM aos municípios afetados, em que se refere ao período de 12 meses — que compreende a arrecadação recolhida entre 1º de maio de um ano e 30 de abril do ano seguinte. E, por parte das empresas, o pagamento da compensação financeira é efetuado mensalmente até o último dia útil do mês subsequente ao fato gerador, devidamente corrigido”, destaca.
Confira a lista dos 10 municípios que recebem os maiores valores
AÇAILÂNDIA (MA) – R$ 2.196.358,51
SÃO LUÍS (MA) – R$ 2.159.143,96
GOVERNADOR VALADARES (MG) – R$ 1.539.332,40
MARABÁ (PA) – R$ 1.516.526,64
SÃO JOÃO DEL REI (MG) – R$ 1.421.258,64
ALTO ALEGRE DO PINDARÉ (MA) – R$ 1.362.617,75
MORRO DO PILAR (MG) – R$ 1.298.825,38
CAETITÉ (BA) – R$ 1.283.419,47
ITAGUAÍ (RJ) – R$ 1.214.474,90
LADÁRIO (MS) – R$ 1.082.982,57
Critérios de distribuição
Pelos termos da Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017, a distribuição da CFEM é feita de acordo com os seguintes percentuais e critérios:
7% para a entidade reguladora do setor de mineração;
1% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);
1,8% para o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem);
0,2% para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
15% para o Distrito Federal e os estados onde ocorrer a produção;
60% para o Distrito Federal e os municípios onde ocorrer a produção;
15% para os municípios não produtores de minérios, mas que são cortados pelas infraestruturas utilizadas para o transporte ferroviário ou dutoviário de substâncias minerais; ou são afetados pelas operações portuárias e de embarque e desembarque de substâncias minerais; ou ainda são onde estão localizadas pilhas de estéril, barragens de rejeitos e instalações de beneficiamento de substâncias minerais, bem como as demais instalações previstas no plano de aproveitamento econômico.
CFEM: ANM repassa R$ 406 milhões a estados e municípios produtores minerários
Do valor total, cerca de R$ 81 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já mais de R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios
Índice
A Agência Nacional de Mineração (ANM) distribuiu R$ 406 milhões (R$ 406.458.974,30) aos estados, Distrito Federal e municípios produtores minerais. Esse montante corresponde à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada durante o mês de março e distribuída em abril.
Do valor total, R$ 81,2 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios.
O advogado especialista em mineração Alexandre Sion explica que, como os reais impactos das atividades minerárias são sofridos pelas cidades onde a produção ocorre, é justo que essa parcela seja destinada a esses entes.
“Os recursos minerais pertencem à União para fins de aproveitamento mineral. Contudo, é a localidade quem sofre os principais impactos pelo desenvolvimento da atividade minerária. Tanto que 60% dos valores recolhidos a título de CFEM devem ser distribuídos aos municípios onde se localizam as jazidas minerais. Dessa forma, a distribuição desses valores é relevante para fins de equilíbrio na relação entre impactos e benefícios”, destaca.
CFEM: maiores valores
De acordo com dados da agência, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Minas Gerais (R$ 41.289.603,40), Pará (R$ 27.052.382,72), Bahia (R$ 2.595.603,56) e Goiás (R$ 2.329.217,44).
Entre os municípios produtores que mais receberam os recursos estão: Canaã dos Carajás (PA) com R$ 47.378.797,42; Parauapebas (PA), com R$ 31.594.892,67; e Conceição do Mato Dentro (MG), com R$ 24.954.887,22.
CFEM: confira aqui se seu município recebeu recursos
CFEM: o que é
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.
Seguindo tendência mundial, divisa americana volta a perder valor diante de volatilidade sobre decisões de tarifas
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O mundo segue apreensivo com os impactos que as decisões do presidente Trump podem causar na economia mundial. Isso tem feito com que investidores, pouco confiantes nos Estados Unidos, busquem outros países para fazer seus investimentos.
O cenário de hoje, que pode mudar a qualquer momento, é de 145% sobre os produtos chineses que entrarem na América. Em contrapartida, a China impôs 125% sobre os produtos norte-americanos. O que, para os especialistas, pode acelerar a inflação global e causar recessão econômica em vários países.
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