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Economia

Taxa de desemprego no Brasil cai para 6,9% no trimestre encerrado em junho, aponta IBGE

Isso resultou em 7,5 milhões de pessoas desempregadas, uma redução de 12,5% em comparação ao trimestre anterior e de 12,8% em relação ao mesmo período de 2023

Taxa de desemprego no Brasil cai para 6,9% no trimestre encerrado em junho, aponta IBGE

A taxa de desemprego no Brasil fechou o trimestre, encerrado em junho de 2024, em 6,9%. O número representa uma queda de 1 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março de 2024, quando a taxa era de 7,9%. Este é o menor índice de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com essa redução, a população desocupada no país atingiu 7,5 milhões de pessoas, refletindo uma queda de 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e uma diminuição de 12,8% (também menos 1,1 milhão de pessoas) em comparação ao mesmo período de 2023. Esse número representa o menor contingente de desocupados desde o trimestre finalizado em fevereiro de 2015.

Adriana Beringuy, Coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destaca os fatores que influenciaram a redução do desemprego.

“Essa redução importante do número de pessoas desocupadas é devido a uma expansão bastante importante do número de trabalhadores, que em um trimestre teve um aumento de 1,6 milhão a mais de pessoas ocupadas trabalhando, portanto, fazendo com que a população ocupada hoje no Brasil, fique na casa de 102 milhões de pessoas”, explica.

Ela também observa que esse crescimento foi verificado em diversas atividades, tanto em setores de maior quanto nos de menor rendimento.

“Tivemos expansão no comércio, nos serviços de tecnologia da informação e comunicação, na educação básica do setor público e em serviços prestados às famílias. Isso demonstra uma disseminação significativa das melhorias no mercado de trabalho”, completa.

Mercado de trabalho formal

Fernando de Aquino, membro da Comissão de Política Econômica do Cofecon, avalia que pesquisas sobre o mercado de trabalho no Brasil precisam ser avaliadas sob duas perspectivas: uma é o seu comportamento nos últimos anos e a outra é a distância que mantemos dos países desenvolvidos.

“Em relação ao comportamento dos últimos anos, a Pnad Contínua nos mostra bons resultados, com o desemprego caindo continuamente e a população ocupada subindo também. Contudo, a informalidade continua muito alta, indicando um mercado de trabalho de pior qualidade, sem as garantias da CLT. Isso traz dificuldades para financiar os benefícios previdenciários, tanto os correntes quanto os futuros”, destaca.

Em relação aos países desenvolvidos, ele afirma que o Brasil ainda enfrenta um rendimento de trabalho baixo. De acordo com Aquino, o alto retorno do capital, sustentado pelas altas taxas de juros, faz com que as pessoas prefiram investir no mercado financeiro em vez de no setor real. 

“Precisamos de investimentos que elevem a produtividade do trabalho, possibilitando remunerações mais justas”, afirma.

O mercado de trabalho formal também apresenta resultados positivos. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) atingiu 38,38 milhões, estabelecendo um novo recorde da série histórica. No trimestre, esse número cresceu 1,0% (mais 397 mil pessoas) e, no ano, 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas). O segmento de trabalhadores informais permaneceu em 38,6% da população ocupada, representando 39,3 milhões de trabalhadores informais.

Expectativas

O economista Cesar Bergo destaca que o desemprego vem caindo, especialmente no setor de varejo e serviços. “A tendência é que melhore ainda mais nos próximos meses, impulsionado por datas comemorativas como o Dia das Crianças e o Natal, além da Black Friday. A tendência é ainda manter essa taxa de desemprego em torno de 7%”, completa.

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Economia

CFEM: R$ 67,8 milhões são partilhados entre municípios afetados por atividades minerárias

O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total acima de R$ 2.1 milhões

CFEM: R$ 67,8 milhões são partilhados entre municípios afetados por atividades minerárias

Os municípios brasileiros não produtores de minérios, mas que são afetados pela atividade minerária, partilham, neste mês, R$ 67.801.356,40. O montante é referente aos 15% do total arrecadado com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em março.

Os recursos serão destinados a 1.326 municípios afetados pela atividade de mineração por possuírem ferrovias, estruturas, minerodutos ou que contam com atividades portuárias.

A verba é distribuída pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O município de Açailândia (MA) recebe a maior parcela, com um total de R$ 2.196.358,51. Na sequência aparece São Luís (MA), que conta com R$ 2.159.143,96; e Governador Valadares (MG), que ganhou R$ 1.539.332,40. 

FPM: municípios brasileiros partilham R$ 2,3 bi, nesta quinta-feira (17)

Vale lembrar que o valor partilhado entre esse grupo de cidades poderá ser complementado após a ANM simular o cálculo das parcelas devidas aos municípios produtores que podem receber como afetados, além do recálculo dos índices de distribuição, conforme previsto no Anexo I da Resolução ANM nº 143/2023. 

A agência também deve calcular os valores remanescentes que serão destinados aos municípios que fazem divisa com os produtores de minérios. O doutor em Geotécnica Rideci Farias explica como funciona o calendário de pagamentos da compensação.

“O pagamento é incidente a um determinado ciclo anual de distribuição da CFEM aos municípios afetados, em que se refere ao período de 12 meses — que compreende a arrecadação recolhida entre 1º de maio de um ano e 30 de abril do ano seguinte. E, por parte das empresas, o pagamento da compensação financeira é efetuado mensalmente até o último dia útil do mês subsequente ao fato gerador, devidamente corrigido”, destaca.

Confira a lista dos 10 municípios que recebem os maiores valores

  1. AÇAILÂNDIA (MA) – R$ 2.196.358,51 
  2. SÃO LUÍS (MA) – R$ 2.159.143,96 
  3. GOVERNADOR VALADARES (MG) – R$ 1.539.332,40 
  4. MARABÁ (PA) – R$ 1.516.526,64 
  5. SÃO JOÃO DEL REI (MG) – R$ 1.421.258,64 
  6. ALTO ALEGRE DO PINDARÉ (MA) – R$ 1.362.617,75 
  7. MORRO DO PILAR (MG) – R$ 1.298.825,38 
  8. CAETITÉ (BA) – R$ 1.283.419,47 
  9. ITAGUAÍ (RJ) – R$ 1.214.474,90 
  10. LADÁRIO (MS) – R$ 1.082.982,57

 

 

Critérios de distribuição

Pelos termos da Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017, a distribuição da CFEM é feita de acordo com os seguintes percentuais e critérios:

  • 7% para a entidade reguladora do setor de mineração;
  • 1% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);
  • 1,8% para o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem);
  • 0,2% para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
  • 15% para o Distrito Federal e os estados onde ocorrer a produção;
  • 60% para o Distrito Federal e os municípios onde ocorrer a produção;
  • 15% para os municípios não produtores de minérios, mas que são cortados pelas infraestruturas utilizadas para o transporte ferroviário ou dutoviário de substâncias minerais; ou são afetados pelas operações portuárias e de embarque e desembarque de substâncias minerais; ou ainda são onde estão localizadas pilhas de estéril, barragens de rejeitos e instalações de beneficiamento de substâncias minerais, bem como as demais instalações previstas no plano de aproveitamento econômico. 
     

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CFEM: ANM repassa R$ 406 milhões a estados e municípios produtores minerários

Do valor total, cerca de R$ 81 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já mais de R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios

CFEM: ANM repassa R$ 406 milhões a estados e municípios produtores minerários

A Agência Nacional de Mineração (ANM) distribuiu R$ 406 milhões (R$ 406.458.974,30) aos estados, Distrito Federal e municípios produtores minerais. Esse montante corresponde à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada durante o mês de março e distribuída em abril.

Do valor total, R$ 81,2 milhões são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já R$ 325 milhões serão partilhados entre 2.191 municípios.

O advogado especialista em mineração Alexandre Sion explica que, como os reais impactos das atividades minerárias são sofridos pelas cidades onde a produção ocorre, é justo que essa parcela seja destinada a esses entes.

“Os recursos minerais pertencem à União para fins de aproveitamento mineral. Contudo, é a localidade quem sofre os principais impactos pelo desenvolvimento da atividade minerária. Tanto que 60% dos valores recolhidos a título de CFEM devem ser distribuídos aos municípios onde se localizam as jazidas minerais. Dessa forma, a distribuição desses valores é relevante para fins de equilíbrio na relação entre impactos e benefícios”, destaca.

CFEM: maiores valores

De acordo com dados da agência, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Minas Gerais (R$ 41.289.603,40), Pará (R$ 27.052.382,72), Bahia (R$ 2.595.603,56) e Goiás (R$ 2.329.217,44).

FPM: municípios brasileiros partilham R$ 2,3 bi, nesta quinta-feira (17)

Entre os municípios produtores que mais receberam os recursos estão: Canaã dos Carajás (PA) com R$ 47.378.797,42; Parauapebas (PA), com R$ 31.594.892,67; e Conceição do Mato Dentro (MG), com R$ 24.954.887,22.

CFEM: confira aqui se seu município recebeu recursos

 

 

CFEM: o que é

A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.  

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Dólar volta a cair e é cotado a R$ 5,86

Seguindo tendência mundial, divisa americana volta a perder valor diante de volatilidade sobre decisões de tarifas

Dólar volta a cair e é cotado a R$ 5,86

Nesta quinta-feira (17) o dólar é cotado a R$ 5,86, em queda de 0,43%. A baixa do dólar no Brasil segue tendência mundial de desvalorização, muito por conta da volatilidade das decisões acerca das tarifas de importação que vêm sendo tomadas naquele país.  

O mundo segue apreensivo com os impactos que as decisões do presidente Trump podem causar na economia mundial. Isso tem feito com que investidores, pouco confiantes nos Estados Unidos, busquem outros países para fazer seus investimentos. 

O cenário de hoje, que pode mudar a qualquer momento, é de 145% sobre os produtos chineses que entrarem na América. Em contrapartida, a China impôs 125% sobre os produtos norte-americanos. O que, para os especialistas, pode acelerar a inflação global e causar recessão econômica em vários países.

 

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