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Preço do ouro atinge mais de US$ 2 mil e bate maior recorde do último ano

Nova alta do ouro aumenta o ânimo do mercado da mineração e impulsiona bolsas de investimentos

O preço do ouro bateu novo recorde de alta. Em meio a colapsos bancários nos Estados Unidos e Europa, guerra na Ucrânia e transição energética em todo o planeta, nesta quarta-feira (5) o ouro ultrapassou os US$ 2.000 a onça (medida usada para a cotação do metal).

Recentemente, quando o Banco do Vale do Silício quebrou e a Credit Suisse foi adquirida pelo UBS, o ouro já havia disparado para o maior preço em 13 meses. Agora, analistas avaliam uma série de fatores que estão jogando o preço internacional do metal “para cima”.

O primeiro gráfico mostra a oscilação do ouro nos últimos dez anos e o segundo, registra a subida nos derradeiros 30 dias – dados obtidos na plataforma “Gold Price”, que informa os preços do metal no mercado.

Para Luiz Vessani, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), a nova alta é influenciada por vários motivos que precisam ser avaliados separadamente, mas que no conjunto certamente impactam os preços.

Entre os fatores de influência elencados pelo representante da ABPM estão a questão dos juros (envolvendo os bancos centrais e a inflação), a subida do preço do petróleo, a guerra na Ucrânia e a transição energética – que diz respeito à mudança do perfil de consumo de energia. Segundo ele, a tendência mundial de transição dos combustíveis fósseis, em especial do petróleo, para outros tipos de energia, com objetivo de reduzir a geração de carbono e o efeito estufa, provoca uma transição que já está resultando em uma mudança do perfil da mineração, em todo o mundo.

“A mineração tem que se voltar agora para fornecer esses metais que a sociedade mundial precisa, para fazer essa transição”, explicou Vessani, que também preside o Sindicato da Mineração de Goiás (Sieeg).

Transmissão energética

“Essa mudança é extremamente radical, mas já está atuando na Europa e chegando ao Brasil”, relatou. “Isso também implica em consumir alguns metais que não são usuais na indústria, como o ouro, que permite a transmissão da energia elétrica com muito mais eficiência do que outros metais”.

Vessani destacou a segurança do ouro, para quem quer investir: “Com certeza, o ouro é o melhor cobertor de proteção para investimentos, porque está sólido nesse horizonte de 2.000 dólares a onça, com forte tendência de crescer, gradativamente”, concluiu o representante da ABPM.

Outro especialista em investimentos e comércio de ouro, Maurício Gaioti, diretor da OMEX, confirma o ouro como ótimo investimento: “O mercado tem precificado o ouro para cima. Tanto é assim, que a onça troy, de Nova York, se encontra em alta e com estimativa de crescer cada vez mais”, analisou. A OMEX é referência no Brasil em exportação de minérios e metais preciosos.

Como operar

Gaioti detalhou como é feita a operação de compra e venda de ouro na bolsa. Conforme o especialista, basta que o interessado tenha uma conta aberta em uma corretora que dê acesso “ao mercado b3” – bolsa de valores do mercado de capitais brasileiro (a maior da América Latina). “Lá o interessado pode encontrar o ativo OZ1D, principal contrato de compra de ouro na bolsa, que é para contratos de 250 gramas de ouro, e OZ2D, para contratos de 10 gramas de ouro”, informou Gaioti. “Esses são os que têm mais liquidez”.

“A partir do momento que você está cadastrado lá e acessando a corretora, terá acesso direto a comprar lotes, a depender naturalmente de ofertas de preço entre compra e venda”, esclareceu.

Outra opção

O diretor da OMEX observou ainda que, além dessa opção, o investidor também pode fazer a compra do ouro diretamente no chamado “mercado-balcão”, no qual as instituições financeiras oferecem a barrinha de ouro para os interessados em levar o metal para guardar em casa ou em algum cofre particular: “Se o investidor quiser, terá essas duas opções: pode tanto operar via corretoras – pelo mercado da B3 – e adquirir o seu ouro, que vai ficar custodiado na Bolsa; ou pode comprar e levar para casa”, explicou.

Fonte: Brasil61

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Mundo

Ação apreende duas toneladas de produtos falsos com marca Rock in Rio

Copos, camisas, chapéus e bonés seriam distribuídos a ambulantes

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) com o Ministério Público estadual resultou na apreensão de duas toneladas de materiais falsificados com a marca do festival de música Rock in Rio, que acontece na cidade. A apreensão ocorreu nesta quinta-feira (19), no centro do Rio.

Durante a ação, quatro suspeitos, responsáveis pelas lojas onde os produtos foram localizados, acabaram presos. Eles vão responder por comercialização de material contrafeito [falsificação ou réplica do produto original], ostentando ilegalmente a marca.

Entre os produtos apreendidos estão milhares de copos, camisas, chapéus e bonés, que seriam distribuídos para ambulantes revenderem na segunda semana do evento. O material foi localizado por meio de informações de inteligência, que dão continuidade às ações iniciadas na primeira semana do festival.

Pirataria

Na semana passada, duas ações resultaram na apreensão de grande quantidade de material falsificado. A delegacia especializada na repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial junto com o MP do Rio e a promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim), encontraram mais de 5,3 mil copos, 185 bonés falsos e milhares de porta-copos no primeiro dia do evento dia 13 deste mês. Dois homens foram presos em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No dia seguinte, em operações nas proximidades do Rock in Rio, as equipes localizaram um caminhão com milhares de copos e alças de porta-copos falsificadas com a marca do festival. Também foram apreendidos uma máquina de cartão de crédito e uma credencial falsa.

Até agora, as ações já resultaram na apreensão de mais de 15 mil itens e na prisão de 10 suspeitos.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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Mundo

Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19

Dados são do Boletim InfoGripe

O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19).

A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.

Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.

No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.

A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.

No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. “Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC

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Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

Receita arrecadada de janeiro a agosto soma R$ 1,7 trilhão

O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: EBC

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